A fotógrafa moçambicana Yassin Forte está entre os cinco vencedores do CAP Prize, prémio internacional de Fotografia Africana Contemporânea 2023, com o trabalho intitulado “esta é uma história sobre minha família”, com colagem fotográfica.

A fotógrafa faz uma viagem às suas raízes para reflectir sobre os efeitos do colonialismo e da migração na história da sua família (como pode ser à imagem de várias famílias em Moçambique).

Utilizando arquivos de família e suas imagens, a fotografia percorre as vertentes de família, migração e a história dos africanos.

“Procuro investigar como os africanos se tornaram resultado de misturas, migrações e colonizações, histórias misturadas e padrões repetidos e, assim, desvendar minha própria identidade africana”, explica.

Sobre a técnica utilizada, de colagem fotográfica, Yassmin Forte que nasceu em Quelimane em 1980, justifica que é para enfatizar a história “por vezes, sobrepõem-se imagens de família às cenas do Moçambique moderno e recordado, justapondo passado e presente. Usei a colagem para construir um passado e a percepção da minha própria identidade”.

O CAP Prize tornou-se a principal plataforma mundial de exibição de Fotografia Africana Contemporânea, o que permite os fotógrafos mostrarem seu trabalho para um público global. A competição procura desafiar as narrativas dominantes sobre África e promover representações diversas e autênticas do continente e do seu povo.

Os outros quatro vencedores são Nadia Ettwein (África do Sul), Maheder Haileselassie (Etiópia), Carlos Idun-Tawiah (Gana) e Léonard Pongo (República Democrática do Congo).

 

 

 

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English Version

 

Yassmin Forte among winners of the Contemporary African Photography Prize

 

Mozambican photographer Yassin Forte is among the five winners of the CAP Prize, an international award for Contemporary African Photography 2023, with the work entitled “this is a story about my family”, with photographic collage.

The photographer takes a journey to her roots to reflect on the effects of colonialism and migration on her family history (as can be seen in the image of several families in Mozambique).

Utilising family archives and their images, the photograph traverses the strands of family, migration and the history of Africans.

“I try to investigate how Africans have become as a result of mixtures, migrations and colonisations, mixed histories and repeated patterns and thus unravel my own African identity,” she explains.

About the technique used, photographic collage, Yassmin Forte who was born in Quelimane in 1980, justifies that it is to emphasise history “sometimes family images are superimposed on scenes of modern and remembered Mozambique, juxtaposing past and present. I used collage to construct a past and the perception of my own identity.”

The CAP Prize has become the world’s leading platform for exhibiting Contemporary African Photography, which allows photographers to showcase their work to a global audience. The competition seeks to challenge the dominant narratives about Africa and promote diverse and authentic representations of the continent and its people.