O concerto do compositor e músico de origem angolana Victor Gama – “Tectonik Tombwa: música para acrux e toha” – que irá ter lugar a 9 de Novembro, pelas 18h, no Teatro Scala, em Maputo, no âmbito da programação do MFF 2021, tem a particularidade de apresentar dois instrumentos concebidos pelo próprio artista: o acrux e a toha.
Segundo explica Victor Gama: o “Acrux inspirou-se na constelação do Cruzeiro do Sul, visível apenas no céu nocturno do hemisfério sul.
Cada componente deste instrumento está associado a um aspecto particular dessa constelação. A transparência do universo que nos permite olhar para as estrelas, motivou o uso de vidro para o seu tampo acústico. A caixa de ressonância hemisférica representa o hemisfério sul.
O instrumento está em constante desenvolvimento desde a sua criação, utilizando tecnologias de modelação 3D e fabricação digital. Como um instrumento “nascido digitalmente”, a sua entidade física tem também uma dupla entidade digital, um “instrumento virtual” e uma “biblioteca digital”. Depois de várias versões e muitas etapas de desenvolvimento, a sua mais recente versão resultou de uma residência artística no CCRMA da Universidade de Stanford em 2015″.
Já a Toha “foi criada através de uma associação mitológica com os ninhos de pássaros tecelões sociáveis que habitam as regiões desérticas entre o Cunene, o deserto do Namibe e deserto do Kalahari. Os tecelões dessas regiões constroem ninhos colectivos que atingem grandes proporções e fixam-se a troncos de árvores ou postes telefónicos ou de electricidade. A Toha possui dois ressoadores e um sistema de 44 cordas“.
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