Com a abertura da central de energia solar fotovoltaica de Soroti, o Uganda passou a ser o maior produtor deste tipo de energia renovável na África Oriental. Esta central é constituída por cerca de 33 mil painéis fotovoltaicos com capacidade para fornecer electricidade a 40 mil habitações.

Resultado de um investimento de 19 milhões de dólares, no âmbito de uma parceria entre vários países europeus e as autoridades ugandesas, a central de Soroti poderá vir a aumentar, nos próximos anos, a sua capacidade de abastecimento às populações em mais 20 megawatts (neste momento, o patamar situa-se entre os 10 e os 20 megawatts).

Tendo em atenção a precaridade das infra-estruturas existentes na maior parte do continente africano (segundo a NEPAD – New Partnership for Africa’s Development, estima-se que, em média, apenas 20% da população africana, com excepção da África do Sul e do Egipto, tem acesso directo à electricidade), projectos como a central de Soroti podem permitir reverter esta situação de uma forma eficaz tanto mais que, de acordo com o World Sunshine Map, África é o continente que recebe maior quantidade de luz solar por ano.

Para além do impacto directo na vida das populações e, a prazo, na melhoria das actividades ligadas ao sector produtivo, este projecto sinaliza o empenho das autoridades ugandesas em dar sequência aos Acordos de Paris, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, na perspectiva da redução das emissões poluentes e do combate às alterações climáticas.