Tudo começou há alguns anos atrás quando Tshepo Sedumo começou a pensar que gostava  de ligar o seu iPod a um sistema de amplificação de som que fosse portátil de forma a poder partilhar os seus gostos musicais com os amigos enquanto rodavam, noite fora, por Joanesburgo.

O problema é que Tshepo Sedumo não tinha dinheiro suficiente para comprar os equipamentos disponíveis no mercado. Fascinado, há muito, pelas miticas boomboxes dos anos 80, o jovem designer sul-africano decidiu criar as suas próprias.

Tshepo Sedumo começou a pesquisar diferentes de materiais até se decidir pela madeira e, tendo encontrado o tipo mais adequado e com melhores propriedades acústicas, construiu as primeiras boomboxes que partilhou com os amigos. Inesperadamente, começou a receber um grande número de pedidos de pessoas que tinham visto as boomboxes a circular pela cidade e tinham gostado tanto do conceito como do seu design e aspecto visual.

 

 

Foi assim que nasceu a Grove Audio, a pequena empresa que montou e que produz hoje três versões de boomboxes. Exceptuando a componente electrónica, tudo o resto é feito de forma artesanal e personalizada. Se, inicialmente, Tshepo Sedumo nunca pensou em desenvolver um negócio em torno das boomboxes, a receptividade que tiveram fazem-no acreditar que existe um mercado para elas.

 

 

O facto é que, contrariando o que tem sido a tendência dominante do mercado – produzir equipamentos cada vez mais pequenos e portáteis – as boomboxes estão de regresso. E Tshepo Sedumo não está só neste revivalismo: veja-se, por exemplo, o caso de Dominic Odbert, um californiano que lançou, com grande sucesso, uma “boomcase”, isto é, uma boombox que vem dentro de uma mala.

Com o mercado japonês a evidenciar também uma “explosão” de interesse pelas boomboxes, os modelos criados por Tshepo Sedumo podem estar a caminho de uma internacionalização que, apenas há um par de anos, quando começou a matutar no assunto, parecia “impensável”.