Tokyo Smoke: transformar a cannabis numa marca
A “Tokyo Smoke” abriu um primeiro espaço em Toronto (Canadá) – uma coffee shop onde, para além de um serviço de restauração, é possível comprar também roupa, desenhada pelos estilistas da “Tokyo Smoke” e quatro tipos de cannabis especificamente desenvolvidas para a sua “marca” – e irá, este ano, abrir novos espaços em Seattle e Los Angeles (EUA).
Os investidores parecem não ter tido dificuldade em compreender o conceito da “Tokyo Smoke” pois já no início deste ano resolveram financiar a expansão da marca com uma entrada de capital na ordem dos 3 milhões de dólares.
A legalização da cannabis implica, para Alan Gertner, “uma mudança de paradigma”. Na sua perspectiva é preciso abandonar os “clichés”, os esterótipos e as imagens negativas que estiveram durante décadas associados ao consumo da cannabis e contrapôr uma outra imagem (e um marketing apropriado e responsável) em linha com o facto de agora se tratar de um produto legal, haver um mercado significativo e um público adulto e informado que quer qualidade e serviço. Para Alan Gertner a marca “Tokyo Smoke” vai ao encontro desta nova realidade disponibilizando produtos com qualidade e design num momento em que a cannabis se prepara para entrar no “mainstream” da cultura urbana contemporânea. Algo que a indústria do tabaco também já percebeu e onde, a prazo, pretende também se vir a posicionar.