``The Villager: How Africans Consume Brands``: a cultura africana e o mercado global
Não existem muitos livros como “The Villager: How Africans Consume Brands” de Feyi Olubodun.
Ex-CEO da Insight Publicis Nigeria, uma das maiores agências do continente africano, o autor, graças ao cargo que ocupou ao longo de uma década, esteve, ao longo dos últimos anos numa posição privilegiada não apenas em termos de compreender as características específicas do “consumidor” africano contemporâneo mas também de perceber como as grandes marcas internacionais continuam, na sua maioria, incapazes de estabelecer uma relação genuína com os consumidores do continente.
No livro, Feyi Olubodun.sublinha, em especial, a necessidade das marcas africanas partirem do contexto cultural em que se inserem para criarem narrativas (“storytelling”) inovadoras e, simultaneamente, atractivas que lhes permitam posicionar-se no mercado global.
Feyi Olubodun
Esta aposta é, de acordo com o autor, a única que pode garantir às marcas um futuro neste mercado global tendo sobretudo em atenção que este futuro continuará a ser, inevitavelmente, marcado pela dinâmica da globalização e pela comunicação digital.
Numa conferência em que participou, em Cape Town (África do Sul) no início deste mês, Feyi Olubodun sublinhou, com particular enfâse, que há um imperativo em desenvolver modelos sofisticados de comunicação mas que isso não significa adoptar o “modelo ocidental” pois o continente possui uma cultura suficientemente rica para, a partir dela, construír a sua própria linguagem criativa.