A revista alemã “Spiegel”, na sua edição online de 16 de Abril passado, revela que depois de Bill Gates e Eric Schmidt (Google) terem considerado o livro “The Master Algorithm”, do português Pedro Domingos, a obra de referência na análise que faz sobre o impacto da tecnologia da Inteligência Artificial (IA) no futuro das sociedades, foi a vez do presidente chinês Xi Jinping se referir publicamente como sendo um dos livros mais importantes que leu em anos recentes.

“The Master Algorithm”, já disponivel em versão em língua portuguesa (“A Revolução do Algoritmo Mestre – Como a aprendizagem automática está a mudar o mundo”, ed. Manuscrito), foi publicado em 2015 e tornou-se, rapidamente, uma obra de referência e um sucesso de vendas.

Pedro Domingos é professor de Ciências da Computação na Universidade de Washington (EUA). Com a publicação do livro, e as referências elogiosas que  este imediatamente recebeu, tornou-se uma das figuras mais solicitadas, a nível mundial, para falar sobre o impacto da IA no futuro das sociedade humanas.

A entrevista agora publicada pela revista “Spiegel” é disso um bom exemplo.

 

 

No seu livro, Pedro Domingos descreve os impactos que os algoritmos já usados por empresas como a Amazon, o Google e o Facebook, estão a ter no mundo. E explica como a pesquisa no sentido de conceber um “algoritmo-mestre”, isto é, um sistema de aprendizagem universal capaz de deduzir todo o conhecimento, desde que para isso seja “alimentado” com a informação necessária, pode implicar mudanças “sísmicas” na forma de funcionar das sociedades.

Segundo Pedro Domigos, um algoritmo-mestre seria capaz tanto de manter o nosso email livre de spam como de descobrir curas (personalizadas) para cancros. No entanto, um mundo de máquinas cada vez mais inteligentes não está isento de riscos. Daí o autor defender que os utilizadores devem conhecer como estes algoritmos funcionam e ter uma palavra a dizer na forma como são integrados na sociedade.

Para conhecer melhor o pensamento de Pedro Domingos, pode ler aqui a entrevista que o jornal “Público” lhe fez em Outubro do ano passado.