``Signatures`` e ``Luxe Noir``: retratos da nova ``cena criativa`` em África
Perante o interesse com que actualmente é olhada a “explosão criativa” no continente africano, duas novas publicações, acabadas de surgir, pretendem responder a esse interesse com propostas editoriais sofisticadas que apostam numa elaborada “curadoria” de conteúdos e num forte investimento em termos de design. São elas a “Signatures” e a “Luxe Noir”.
Capa do número 0 da “Signatures”
A “Signatures” é uma iniciativa dos irmãos Jason e Julian Nicco-Annan. Originários do Gana, vivem actualmente em Londres e foi lá que o projecto começou a tomar forma. No entanto, a sua ligação constante a Accra – e a percepção do dinamismo “criativo” que marca hoje aquela cidade – impeliu-os a desenvolver a “Signatures” não apenas como uma plataforma para dar maior visibilidade à “classe criativa” do seu país mas, de um modo mais amplo, a tudo o que está a acontecer em África.
Jason e Julian Nicco-Annan
Embora privilegiem o formato em papel, isso não significa que descurem a dimensão online. Ao longo de 2017, o objectivo é ir, progressivamente, investindo também no digital, sobretudo através da produção de videos e podcasts.
Capa do primeiro número da “Luxe Noir”
A “Luxe Noir” nasceu em Joanesburgo pela mão de Aiwekhoe Iyahen. É uma publicação bi-anual cuja proposta editorial se foca na arte contemporânea, no design e nas viagens. O seu objectivo é dar a conhecer a diversidade cultural e artística do continente e da sua diáspora e funcionar como uma plataforma colaborativa, a nível global, capaz de articular uma “narrativa” mais inclusiva, diversa e rica sobre a arte, o design e as viagens na contemporaneidade.