Depois de termos dado destaque aqui, na semana passada, ao facto do filme “Atlantique” de Mati Diop ser o primeiro, realizado por uma cineasta do continente africano, a ter sido seleccionado para a secção competitiva do Festival de Cannes, a atribuição, esta semana, do “Grand Prix” ao filme (o segundo prémio mais importante do festival) vem não apenas consagrar o trabalho da realizadora senegalesa  mas sobretudo projectar o cinema do continente para um novo patamar de afirmação internacional.

 

Mati Diop e o “Grand Prix” que obteve no Festival de Cannes 2019

 

A critica sublinhou em especial a qualidade estética e a importância política de “Atlantique” que designou como uma “fábula onírica” na qual o problema da migração e a situação da juventude em África se apresentam interligados de forma comovente.

Significativo também foi o facto da Netflix ter adquirido. de imediato, os direitos de distribuição do filme a nível mundial.