Ruanda aposta forte no desenvolvimento e internacionalização do design de moda
Poder-se-ia dizer que o que aconteceu ao designer de moda ruandês Matthew Rugamba foi um mero acaso do destino, um momento de pura sorte. E, até certo ponto, foi isso mesmo. Ao saber, aravés de um amigo comum, que Peter Junior Nyong’o, irmão da actriz Lupita Nyong’o (protagonista de “Black Panther”), ia à estreia oficial do filme, Matthew Rugamba perguntou a Peter Junior Nyong’o se ele já tinha algo em mente para vestir. Como a resposta foi negativa, Matthew Rugamba, fundador da marca House of Tayo, propôs-lhe conceber algo específico para o evento. O irmão de Lupita Nyong’o aceitou a proposta e o resto…é história. De súbito a House of Tayo tornou-se internacionalmente conhecida e as propostas começaram a afluír de todo o lado.
House of Tayo/colecção 2018
No entanto, se é verdade que houve um elemento de “sorte” nesta oportunidade que a House of Tayo soube aproveitar, o facto mais significativo é que a marca provavelmente não teria conseguido aproveitá-la se, desde 2015, o governo ruandês não tivesse lançado uma política destinada a desenvolver e promover o conceito “Made in Rwanda”.
Tal como a House of Tayo, muitos outros designers ruandeses estão agora empenhados em conceber produtos de moda que combinem elementos tradicionais com um estilo contemporâneo e apostados em internacionalizar esses produtos.
Assim, nos últimos anos, têm-se multiplicado, sobretudo na capital Kigali, novos projectos como a Moshions, a Inzuki Designs, ou a Rwanda Clothing
Projectos esses que começam a chamar a atenção dos mercados internacionais.
Moses Turahirwa fundador da Moshions