O colectivo “Avandu”, baseado em Nairobi, no Quénia, tem-se destacado pela sua criatividade no domínio da animação digital, da ilustração e da banda desenhada. Não são um caso isolado no continente africano, onde se assiste, desde há alguns anos, a um movimento muito intenso de re-invenção e re-actualização deste tipo de formatos.

Mas o lançamento do seu novo projecto – “Rovik”- veio chamar, de novo, a atenção para a qualidade do seu trabalho e, em particular, sobre a sua aposta em desenvolver narrativas que, embora inspiradas nos “clássicos” do género,  se empenham em criar histórias (e conceber “heróis”) com raízes na tradição africana.

 

 

Pertecendo a uma geração que cresceu a ver filmes como a saga da “Guerra das Estrelas”, Salim Busuru, um dos fundadores do colectivo “Avundu”, decidiu criar uma “aventura épica”, ao estilo dos filmes realizados por Geaorge Lucas, mas em vez de naves espaciais atravessando os espaços intergalácticos, a acção em “Rovik” passa-se num planeta – Dukongo – povoado por seres mitológicos desenhados a partir de histórias da tradição oral africana. E o personagem central – Rovik – é um imigrante que, depois do colapso da indústria mineira na cidade onde vive, é obrigado a partir e aventurar-se nesse “novo mundo” distante.

“Rovik” foi concebido como uma série de episódios, o primeiro dos quais já está disponivel online.