Reconhecimento facial em tempo real chega aos smartphones
Basta apontar o telemóvel para o rosto de uma pessoa (ou, por exemplo, para uma fotografia dessa pessoa) e o sistema irá procurar informação sobre ela (existente em bases de dados, redes sociais, etc.) disponibilizando-a sob a forma de uma série de “icones” que podem, por sua vez, ser mais detalhadamente pesquisados.
Os possuidores da app da Blippar podem também fazer o upload da sua própria imagem e tornar, portanto, o seu perfil publicamente acessível de modo a serem facilmente “identificados”.
Apesar de surgida apenas em 2011, a Blippar é já uma das empresas mais bem posicionadas no domínio das tecnologias da “realidade aumentada” (sobre a qual, juntamente com a “inteligência artificial” e a “realidade virtual”, recaiem actualmente grandes expectativas). Com efeito, a app da Blippar parte da visão de Ambarish Mitra (fundador e CEO da empresa) o qual antevê que, num futuro próximo, os “motores de busca”, tal como os que actualmente conhecemos, passarão a ser sobretudo “motores de busca visuais” (e não assentes na busca por palavras).
É nesta perspectiva que os produtos da Blipper já disponibilizam hoje informação aos utilizadores a partir de uma simples imagem. Basta apontar um smartphone (com a app da Blippar) para um objecto, um produto ou uma imagem e o “sistema” disponibiliza a informação existente.
A Blippar tem desenvolvido projectos para inúmeras marcas (Coca-Cola, McDonald’s, Heinz, etc.) – e parcerias com mais de 1,500 empresas – em que mais do que fornecer informação sobre o produto (para o qual o consumidor apontou a seu telemóvel) a app oferece jogos, animações, etc. permitindo uma forte interactividade.
Apesar de já ter desenvolvido inúmeras aplicações educativas, é no sector da comunicação e do marketing que a Blippar mais se tem notabilizado, havendo mesmo quem anteveja que, a médio prazo, aquilo que era um cenário de ficção (como o que foi antecipado por Steven Spielberg no filme “Minority Report”) se possa tornar realidade (no filme, o personagem de interpretado por Tom Cruise é interpelado, ao entrar numa loja, por inúmeros anúncios publicitários que o “reconhecem” e falam directamente com ele).
Há, no entanto, questões complexas ainda por resolver pois o “reconhecimento facial” suscita bastantes inquietações no que toca à defesa e protecção da “privacidade individual” (e é objecto de intensa controvérsia como se pode ler aqui e aqui).