``Programmed: Rules, Codes, and Choreographies in Art, 1965-2018”: do video à arte computacional
A nova exposição do Whitney Museum of American Art (Nova Iorque, EUA), intitulada “Programmed: Rules, Codes, and Choreographies in Art, 1965-2018”, pretende explorar as relações entre a ideia de “programação” (códigos e instruções) e a criação artística.
Com curadoria de Christiane Paul (curadora-adjunta para a Arte Digital do Whitney Museum) e Carol Mancusi-Ungaro, a exposição – que inclui 50 obras de 39 artistas – procura mostrar como a “programação” (tanto analógica como digital) esteve intimamente ligada a múltiplas práticas artísticas contemporâneas ao longo das últimas décadas.
Um dos pontos altos da exposição é apresentação da obra Fin de Siècle II, de Nam June Paik, uma escultura de 200 televisões, que foi objecto de um prolongado trabalho de restauro e não era publicamente apresentada desde 1989, ano em que foi concebida.
Unexpected Growth (2018), de Tamiko Thiel
A exposição está dividida em duas secções. A primeira – “Rule, Instruction, Algorithm” – examina o uso de regras e algoritmos na concepção de imagens e objectos. Nesta parte da exposição procede-se a justaposições temporais – como no caso das obras Homage to the Square (1967), de Joseph Albers e de Color Panel v1.0 (1999), de John F. Simon Jr – para evidenciar linhas de continuidade nas abordagens empreendidas.
Na segunda secção da exposição – “Signal, Sequence, Resolution” – as obras escolhidas procuram retratar as múltiplas formas como códigos e instruções foram usadas na criação e manipulação de imagens.
Apesar de um grande número de obras expostas ser proveniente da colecção do museu, alguns trabalhos foram expressamente produzidos para a exposição, como é o caso Unexpected Growth (2018), de Tamiko Thiel, uma obra que usa a tecnologia de Realidade Aumentada.
A exposição inaugura a 28 de Setembro e estará patente ao público até 14 de Abril de 2019.
(Imagem de topo de página: Fin de Siècle II de Nam June Paik