O vencedor da edição de 2017 do prémio Wellcome Image, que foi ontem anunciado em Londres, foi atribuído ao trabalho “Stickman – The Vicissitudes of Crohn’s”. O seu autor, Oliver Burston, conhecido por Spooky Pooka, sofre da doença de Crohn e a imagem premiada pretende reflectir, de forma artística, sobre os efeitos da doença no corpo tal como são percepcionados por alguém que é afectado pela doença.

 

Stickman – The Vicissitudes of Crohn’s – Oliver Burston

 

O prémio Wellcome Image foi criado pelo Wellcome Trust – uma fundação privada que é considerada uma das maiores financiadoras, a nível global, na área da investigação biomédica – e tem como objectivo premiar as melhores imagens produzidas, anualmente, no domínio desta área de investigação (ou por projectos e instituições associadas a este domínio). De acordo com os organizadores da iniciativa, o propósito deste prémio é distinguir as imagens que, pela sua excelência técnica e valor informativo, “contribuem para comunicar aspectos relevantes relacionados com a ciência biomédica”.

 

Cat skin and blood supply – David Linstead

 

Duas décadas depois deste prémio ter sido criado, o Wellcome Image tornou-se uma das referências mundiais na área da imagem científica e o espólio entretanto constituído forma uma das melhores colecções existentes neste domínio. Um dos aspectos porventura mais relevantes na atribuição deste prémio tem a ver com o facto da componente estética e visual ter um peso muito significativo na atribuição do prémio pois esta dimensão “artística” é considerada importante na sensibilização do público para a relevância e compreensão da investigação científica.

 

Pigeon thermoregulation – Scott Echols/Scarlet Imaging and the Grey Parrot Anatomy Project

 

As 22 imagens distinguidas este ano pelo prémio podem ser visualizadas no website da Wellcome Image. Será também organizada uma exposição que irá circular internacionalmente estando prevista a sua apresentação, em África, no Africa Centre for Population Health, na África do Sul.

 

Developing spinal cord – Gabriel Galea/University College London