Nascida em Moçambique, em 1958, e com estudos feitos na Michaelis School of Fine Arts da Universidade de Cape Town, Ângela Ferreira reside alternadamente, desde os finais dos anos 80, entre Portugal e a África do Sul. O seu mais recente projecto, “Pan African Unity Mural“, está em exposição no MAAT (Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia), em Lisboa, até ao próximo dia 8 de Outubro.

 

 

Em  “Pan African Unity Mural”, Ângela Ferreira inspira-se nos murais do mexicano Diego Rivera para revisitar o passado e, simultâneamente, interrogar as formas de “intersecção” nascidas pela circulação das pessoas. Como se pode ler no texto de Jurgen Bloch, curador da exposição, “Interseções são lugares onde coisas acontecem, onde pessoas se cruzam, se encontram e onde estão disponíveis para partilhar, repartir bens, trocar ideias e se reorientar. As interseções também oferecem momentos de contemplação antes da tomada de decisões e de oportunidades para uma mudança de rumo. São, por definição, situações criativas.”

Sobre o percurso e obra de Ângela Ferreira sugerimos a leitura da conversa entre a artista e Alda Costa e Rafael Mouzinho no mais recente volume da revista “Third Text Africa” dedicada a Moçambique.