Realizada a 11 de Janeiro, em Paris, a conferência One Planet Summit for Biodiversity, organizada pelas Nações Unidas e o Banco Mundial, poderá ter dado, finalmente, o impulso necessário para a concretização da iniciativa de construír a Grande Muralha Verde do Sahel. Com o apoio do governo francês (14 biliões de dólares), do Banco Africano de Desenvolvimento (6,5 bilioes de dólares) e do Banco Mundial (5 biliões de dólares) a “muralha” poderá finalmente a tornar-se realidade.

Lançada em 2007, a iniciativa tem por objectivo criar uma “muralha” de vegetação num extensão de 8 mil quilómetros e 15 quilómetros de largura na região do Sahel por forma a combater a desertificação, restaurar os solos, contribuír para o desenvolvimento da agricultura e a criação de “emprego verde” e proteger a biodiversidade.

Dirigindo-se à Cimeira de forma virtual a partir da sede do Banco Africano de Desenvolvimento em Abidjan, na Costa do Marfim, Akinwumi Adesina informou os participantes que “a Grande Muralha Verde é parte do sistema de defesa ambiental de África – um escudo contra os ataques de desertificação e degradação. O futuro da região do Sahel depende da Grande Muralha Verde, sem ela, a região do Sahel tal como a conhecemos, pode desaparecer”.

O projecto da “Grande Muralha Verde” é uma das principais iniciativas do programa United Nations Decade on Ecosystem Restoration 2021–2030. Até agora, o desenvolvimento do projecto da “Grande Muralha Verde” tinha-se defrontado com dificuldades de financiamento para a sua implementação.