``O SONHO FRUSTRADO DE MAMATI``: a fotografia de Emídio Jozine no MFF 2017
Acessível, a partir de 15 de Novembro, no website do MFF, “My Maputo” antecipa uma exposição em preparação (que irá ocorrer durante o próximo ano) e inclui as contribuições de vários fotógrafos nacionais e internacionais.
A designação “O Sonho Frustrado de Mamati” remete para uma das fotografias incluídas neste projecto – a imagem que encima este post e se intítula “Ladrão de Espelhos” – e retrata uma situação dramática que reflecte a violência urbana que permeia um quotidiano vivido, para muitos, no limiar extremo da sobrevivência.
Emídio Jozine nasceu em Maputo em 1982. Concluiu os seus estudos como designer gráfico na Escola Nacional de Artes Visuais, em 2004, mas desde cedo orientou a sua actividade para a fotografia e o audiovisual. Em 2013 completou a sua formação na Gerrit Rietveld Academie (Holanda) onde obteve o BFA (Bachelor of Fine Art – Audio Visual).
O seu percurso profissional tem reflectido, desde 2007, estas duas vertentes: trabalhando e expondo como fotógrafo e participando, como director de fotografia, em vários projectos cinematográficos.
Entre as várias exposições em que participou destacam-se: “Groves of my soul” (exposição individual, Amsterdão, 2011); World Black and White–Madeira International Art Biennale (Portugal, 2014); “Innocent Eye’s” (Goa/India, 2016) e MUSART (Maputo, Moçambique, 2016).
No seu percurso foi já distinguido com vários prémios: “À Espera no Quintal“, documentário que dirigiu, obteve, em 2010, o prémio para a Melhor Realização e Melhor Filme no Festival Ver e Fazer Filmes (Brasil); “Lobolo”, realizado por Michael Mathison, foi distinguido, em 2011, com o prémio “African Society Message” no festival FESPACO (Burkina Faso) e em 2016 obteve o 3º prémio na exposição anual MUSART (Maputo, Moçambique).
Encontra-se actualmente envolvido como Director de Fotografia nos projectos “Tributo ao Mestre Chissano” e “Enviado Especial” (baseado numa história de Aquino de Bragança).
A sua mais recente exposição individual intitula-se “A Dança da Retina” (Centro Cultural Franco-Moçambicano, Novembro 2017).