O projecto ``e-Palette`` da Toyota e a mudança de paradigma na indústria automóvel
De acordo com o presidente da empresa, Akio Toyoda, o e-Palette faz parte de um novo posicionamento da marca a qual deixará, progressivamente, de se considerar como “fabricante de automóveis” para se afirmar como uma “empresa de mobilidade”.
Na perspectiva de Akio Toyoda, “a indústria automóvel atravessa uma fase de mudança, porventura a mais dramática desde que nasceu” devido à confluência de vários factores, nomeadamente, a mudança do paradigma energético (com o abandono dos combustiveis fósseis e o processo de “electrificação” em curso), a emergência da tecnologia da Inteligência Artificial, o desenvolvimento dos “veículos autónomos” (self-drive cars), a Internet das Coisas (internet-of-things) e as alterações nos hábitos de consumo (em particular, o surgimento dos conceitos de partilha do tipo “ride sharing”)
Partilhando a opinião de outro “veterano” da indústria automóvel, Sergio Marchionne, CEO da Fiat, para quem “a indústria automóvel tem uma década, ou menos, para se reinventar” ou desaparecerá tal como existiu até agora, Akio Toyoda anunciou o projecto e-Palette como a plataforma que irá alavancar o “ecossistema de mobilidade” da Toyota – Global Mobility Services Platform – com o qual pretende enfrentar a “mudança de paradigma em curso”.
O conceito do e-Palette apresentado em Las Vegas – um veículo eléctrico, autónomo e adaptável a múltiplas funções – está a ser desenvolvido em conjunto com a Amazon, a empresa chinesa de transporte de pessoas Didi Chuxing Technology, a Pizza Hut, a Mazda e a Uber.