Há cada vez mais pessoas a vender e comprar arte no Instagram. É um fenómeno interessante porque o Instagram não foi inicialmente pensado como uma plataforma com esse tipo de vocação. Mas a evolução nos últimos anos tem sido tal que levou a que, recentemente, uma publicação mainstream como “The Art Newapaper” tenha sentido a necessidade de dedicar um artigo ao tema no qual tenta analisar as características desta evolução e seu impacto no mercado da arte.
O botão para comprar só foi lançado pelo Instagram em 2018. Isso veio permitir a que qualquer pessoa com uma conta criasse uma etiqueta de venda em qualquer imagem. Mas, para comprar, a pessoa devia pressionar o botão “Ver no site” – o qual levava directamente ao site do vendedor – onde podia finalizar a compra. No entanto, em Agosto, o Instagram lançou nos Estados Unidos o “Checkout”, que permite comprar directamente na aplicação.
Esta opção começou a ser muito usada por galerias de arte independentes e directamente pelos próprios artistas. As grandes galerias têm continuado, porém, a usar o Instagram apenas para promoção dos seus eventos ou para criar “relações” mais directas e personalizadas como eventuais compradores.
Mas começa a haver uma percepção de que o Instagram poderá, em breve, obrigar estas galerias a reconsiderar a sua atitude. E isto porque começam a surgir iniciativas que estão a ensaiar novas abordagens “disruptivas” (como é o caso da #artgirlsmarket ou da #artistsupportpledge).
Em complemento a este artigo do “The Art Newapaper” vale a pena também ler este outro (“The impact of Instagrammable exhibitions“) o qual procura reflectir sobre o modo como alguns museus estão a desenhar exposições que sejam “instagramaveis”, ou seja, cuja “encenação” permita ao público colocá-las online rapidamente na plataforma.