O fim do ``desktop`` como o conhecemos
Designado por “Workstation”, o novo software da Meta, uma empresa que tem vindo a explorar, de forma ambiciosa e radical o potencial da tecnologia da Realidade Aumentada, acabou de ser lançado no início do mês de Junho, e vem acompanhado pelo Meta 2 Headset, um capacete com características únicas pois possui uma viseira transparente o que possibilita que o utilizador mantenha o contacto visual com o ambiente fisico que o envolve enquanto, simultaneamente, interage com as imagens virtuais.
Meron Gribetz, fundador e CEO da Meta anunciou que, muito em breve, todos os “desktops” tradicionais que ainda existem na sua empresa irão desaparecer e toda a gente irá apenas usar estes Headsets.
A Meta desenvolveu até já uma aplicação para telemóvel que permite pôr a “flutuar” em torno das pessoas tudo aquilo que elas receberem através dos seus smartphones: mensagens, notificações, videos e fotografias.
Na análise que fez a este lançamento da Meta, a revista “Technology Review”, do MIT, não tem dúvidas em considerá-lo como uma prefiguração do que, inevitavelmente, o futuro próximo nos reserva, isto é, o fim do “desktop” tal como o conhecemos até agora.
Mas sublinha também, que este novo produto da Meta não possui ainda as características necessárias para se tornar num objecto de consumo massificado. Na verdade, notam, só o peso (excessivo) do Headset inviabiliza essa possibilidade, pois está longe de se poder comparar a uns óculos normais.
Mas o caminho está traçado. E se, para já, o produto da Meta se irá, provavelmente circunscrever a um tipo de específico de utilizadores (projectistas em gabinetes de arquitectura, design, engenharia, por exemplo), não será demais pensar que, com a rápida evolução da tecnologia no domínio da Realidade Aumentada e da Realidade Virtual, muito em breve, novas versões, mais evoluídas, irão chegar às maõs dos consumidores.