O camaronês Achille Mbembe, filósofo e historiador, professor de história e ciência política na Universidade de Witwatersrand (África do Sul) e na Universidade de Duke (EUA) e autor de algumas das obras mais estimulantes do pensamento contemporâneo (“Critica da Razão Negra”, “Políticas da Inimizade”, “Necropolítica”, etc.”) produziu recentemente um texto em que, tomando como ponto de partida a pandemia do coronavirus – “expressão espectacular do impasse planetário no qual a humanidade se encontra” – se interroga sobre se será este o momento em que “seremos capazes de redescobrir a nossa pertença à mesma espécie e o nosso inquebrável vínculo à totalidade do vivo“.

Como sempre acontece nos seus escritos, a reflexão de Achille Mbembe é um poderoso exercício intelectual pela sua capacidade de pensar a complexidade a partir de uma perspectiva multidisciplinar e sem concessões a qualquer tipo de maniqueismo simplista e redutor.

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