A nova vaga do afrofuturismo
Rihanna/W Magazine
Bastaria ter em atenção a capa da edição de Setembro último da revista W com a cantora Rihannna, a forma como Beyoncé encenou a sua actuação na cerimónia de atribuição dos Grammys ou a recente participação de Solange Knowles no programa “Saturday Night Live” para corroborar esta percepção.
Laolu Senbanjo
Mas se a estas evidências juntarmos a secção “Black Science Fiction” que integrou o programa da exposição “Dreamland: Immersive Cinema and Art (1905-2016) ” no Whitney Museum of American Art (EUA), a exposição de ilustrações de Antonio Lopez, um pioneiro do afrofuturismo, no El Museu del Barrio, em Nova Iorque, a presença de Saya Woolfalk na Art Basel Miami ou a colaboração do designer Laolu Senbanjo com a Nike compreendemos que o protagonismo da estética afrofuturista parece ter vindo para ficar (para uma visão mais abrangente do fenómeno afrofuturista nos EUA leia aqui o artigo que o New York Times lhe dedicou).
É neste contexto que vale ainda a pena sublinhar o lançamento de uma mini-série de animação em 5 episódios sobre o Afrofuturismo, cujo primeiro capítulo é dedicado à figura mítica do músico Sun Ra, e a extensa e muito completa recapitulação que Jasmin Hoek faz do “afrofuturismo” no campo musical desde os pioneiros à actualidade (com destaque para Cultural Vibe, Mikael Seifu, Owiny Sigoma Band e Sassy Black).