Nova feira de arte contemporânea africana em Paris
Concebida por Victoria Mann em colaboração com Salimata Diop (Senegal) – responsável pela direcção artística – Azu Nwagbogu (Nigéria) – fundador do LagosPhoto Festival – e Simon Njami, escritor, curador independente e fundador da mítica “Revue Noire”, a AKAA não se define como uma feira de arte contemporânea africana mas sim de “arte contemporânea de África”. E este é um ponto conceptualmente importante para Victoria Mann: “Prefiro falar de arte contemporânea de África e não de arte contemporânea africana porque aquilo que procuro – em conjunto com a minha equipa – é pôr em primeiro plano uma África que é plural e, sobretudo, universal. Quero valorizar as obras e os artistas, não as suas origens. Na verdade, África é um “tema” que é constituído por grande diversidade de artistas e, sobretudo, o que verificamos é que estamos perante uma cena artística verdadeiramente contemporânea no sentido em que os artistas circulam, colaboram entre si, participam em residências, etc. O que é importante, portanto, é dar, antes de mais, visibilidade ao seu valor artístico e o “tema” África é aquilo que os interliga. Nesta perspectiva, eu diria que aquilo que apresentamos define-se, essencialmente por ser arte contemporânea internacional”.
Daí que o critério na selecção das obras apresentadas tenha incluído não apenas aquelas produzidas por artistas africanos a viver no continente ou na diáspora mas todos aqueles que, de uma ou de outra forma, têm África como “tema”.
Mobuku Quaba
Girma Berta
Joana Choumali
De destacar ainda a atribuição do prémio Orange para o melhor trabalho em suporte digital a Siaka Soppo Traoré. Nascido no Burkina Faso, começou por desenvolver trabalho na área do design gráfico e da pintura. Mudou-se depois para o Senegal onde se interessou pela dança (hip hop e capoeira) e onde, finalmente, começou o seu percurso na área da fotografia.