Depois de investir nos automóveis eléctricos e autónomos com a marca Tesla, na tecnologia aeroespacial com a Space X e num um projecto para a colonização de Marte, a empresa Neuralink, na qual o norte-americano Elon Musk investiu 100 milhões de dólares, e que tem vindo a testar a possibilidade de desenvolver e colocar implantes electrónicos no cérebro, pediu autorização, a semana passada, à entidade reguladora (Food & Drug Administration) para iniciar testes em seres humanos.
Elon Musk
De acordo com a BBC, a Neuralink já realizou testes em primatas que permitiram, por exemplo, que macacos conseguissem controlar e usar computadores. Para já, a Neuralink pretende explorar o potencial destes implantes para melhorar a condição de pessoas com doenças neurológicas severas. Mas, no futuro, a Neuralink pensa que será possível, através destes implantes, potenciar as capacidades cognitivas dos seres humanos.
O implante desenvolvido pela Neuralink consiste numa pequena sonda com mais de três mil eléctrodos ligados a pequenos fios – mais finos do que um cabelo humano – que pode monitorizar a actividade de mil neurónios. A vantagem do sistema, diz a empresa, é que seria capaz de activar áreas especificas do cérebro, tornando o processo seguro do ponto de vista cirúrgico. Seria também possível analisar registos através de aprendizagem automática, que depois serviria para adequar a estimulação cerebral às diferentes necessidades dos pacientes.
Para além da Neuralink, outras empresas, como a Kernel, procuram também desenvolver projectos semelhantes.
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