Nemonte Nenquimo recebe Prémio Ambiental Goldman 2020 pela campanha que liderou em defesa da floresta amazónica
Nemonte Nenquimo, da tribo indígena Waorani, no leste do Equador, foi a grande vencedora da edição de 2020 do Prémio Ambiental Goldman.
O prémio foi-lhe atribuído pela seu incansável activismo em prol do ambiente ao longo dos últimos anos e, em especial, pela campanha que liderou para proteger mais de 200 mil hectares da floresta amazónica e do território Waorani da destruição devido à actividade das empresas petrolíferas aí instaladas.
De acordo com o júri, a campanha encabeçada por Nemonte Nenquimo, ao travar a actividade das petrolíferas abriu um precedente, no que toca à defesa dos direitos indígenas no Equador, o qual permitiu que outras tribos seguissem os seus passos na na luta pela protecção de outras áreas florestais.
O território Waorani, hoje reduzido a apenas 10% do que era, inclui o Parque Nacional Yasuní, uma das áreas de maior biodiversidade do planeta, o qual tem estado sob constante ameaça devido á actividade extractiva levada a acabo pelas petrolíferas.
Recorde-se que Nemonte Nenquimo – que foi uma das fundadoras da Alianza Ceibo, uma fundação cuja actividade já permitiu o acesso a energia solar e a água potável às comunidades ribeirinhas do Equador – foi também considerada pela revista TIME uma das 100 pessoas mais influentes em 2020.
Os outros vencedores da edição 2020 do Prémio Ambiental Goldman foram Chibeze Ezekiel, do Gana, Kristal Ambrose, das Bahamas, Leydy Pech, do México, Lucie Pinson da França e Paul Sein Twa do Myanmar.