Nakuru Living Lab: projecto lançado no Quénia quer inovar sistemas de produção alimentar
Conhecidos sob várias designações (“laboratórios vivos”, “laboratórios sociais”, “laboratórios cidadãos”) operando em diversos formatos (espaços físicos permanentes, workshops intensivos, programas de longa duração) e cobrindo áreas diversas (da agricultura à saúde, da educação à arquitectura e ao design), os “living labs” tornaram-se, ao longo das últimas décadas, num movimento global com expressão em praticamente todas as regiões geográficas do Planeta.
Definidos como ecossistemas de inovação abertos, centrados no utilizador e cuja abordagem assenta em formas de co-criação, a qual passa por estabelecer processos de pesquisa e inovação em ligação directa com as comunidades e situações concretas da vida real, os “living labs” começam também agora a ganhar expressão no continente africano.
É neste contexto que o projecto REFOOTURE, o qual junta uma série de organizações da África Oriental, a Wageningen University & Research (Holanda) e a IKEA Foundation, acaba de anunciar a criação do Nakuru Living Lab, no Quénia. Será o primeiro de uma série de “laboratórios vivos” que visam contribuír para melhorar as condições da produção alimentar e garantir uma perspectiva sustentável e amiga do ambiente. Os próximos a abrir serão no Uganda e na Etiópia.