
Museu dos EUA devolve artefactos roubados de Quénia
English version below
O Illinois State Museum dá um passo considerado ousado ao anunciar a repatriação mais de 30 artefactos roubados para o povo Mijikenda, do Quénia. Os tesouros recuperados, Vigango, têm grande importância espiritual para a etnia Mijikenda, pois servem de homenagem aos seus antepassados.
Funcionários do Denver Museum of Nature and Science e do Illinois State Museum vão visitar Kilifi, cidade na costa do Quénia a 56 km de Mombaça, para a entrega oficial. O grupo étnico Mijikenda habita a região costeira e passou por uma longa e tumultuada história de desafios de preservação cultural.
Kigango/Vigango são artefactos de madeira esculpida de 9 pés de altura, serve como um memorial para os entes queridos que partiram na comunidade. Eles retratam espíritos sagrados reencarnados e nunca foram destinados à remoção. Esses artefactos foram retirados do Quénia durante a era colonial até o início dos anos 1980, apesar do esforço da Unesco para proibir o comércio de artefactos obtidos ilegalmente.
O retorno dos artefactos ao Quénia marca uma virada na luta contra a pilhagem cultural. Conscientiza sobre a importância da aquisição e exposição responsável de bens culturais.
English Version
USA museum returns artefacts stolen from Kenya
The Illinois State Museum takes a bold step to repatriate over 30 stolen artifacts to the Mijikenda people in Kenya. The recovered treasures, vigango, hold great spiritual importance for the Mijikenda ethnic group, as they serve as a tribute to their ancestors.
Officials from the Denver Museum of Nature and Science and the Illinois State Museum will visit Kilifi, a town on Kenya’s coast 56 kilometres from Mombasa, for the official handover. The Mijikenda ethnic group inhabits the coastal region and has experienced a long and tumultuous history of cultural preservation challenges.
Kigango/Vigango are 9ft high carved wooden artefacts, serving as a memorial to departed loved ones in the community. They depict reincarnated sacred spirits and were never intended for removal. These artefacts were removed from Kenya during the colonial era until the early 1980s, despite Unesco’s effort to ban the trade in illegally obtained artefacts.
The return of the artefacts to Kenya marks a turning point in the fight against cultural plunder. It raises awareness about the importance of responsible acquisition and display of cultural property.