Mojo Vision: start-up desenvolve lente de contacto inteligente com Realidade Aumentada
A start-up Mojo (EUA), anunciou um protótipo de lente de contacto inteligente baseado em Realidade Aumentada (RA). O dispositivo chamado Mojo Lens permite que os utilizadores acessem informações movendo uma tela microLED de 0,5 mm de diâmetro directamente na frente dos seus olhos.
A tela — que possui uma resolução de 14.000 pixels por polegada — foi desenvolvida com base numa tecnologia conhecida como “computação invisível”. Com essa técnica, as lentes mostram informações digitais directamente na retina do utilizador, deixando o conteúdo imperceptível no campo visual quando não é mais necessário.
Todo esse sistema é movido por um processador ARM Core M0 que, entre outras tarefas, utiliza as leituras de acelerômetros, giroscópios e magnetômetros para rastrear o movimento ocular, permitindo que o usuário interaja com o conteúdo virtual projetado pela Realidade Aumentada, usando apenas a movimentação dos olhos.“Estas lentes inteligentes podem dar aos atletas, por exemplo, uma vantagem competitiva incrível, permitindo que eles mantenham o foco em seus treinos ou competições e maximizem seu desempenho, sem a distracção dos acessórios tradicionais”, acrescenta o co-fundador da startup Mike Wiemer.
Por enquanto, a Mojo Lens ainda está em fase de testes para que a empresa possa analisar o feedback dos utilizadores, além de focar no desenvolvimento de aplicativos para optimizar a experiência com o produto. Algumas experiências clínicos também estão sendo feitas com pessoas que possuem graus diferentes de deficiência visual.
Marcas desportivas como Adidas Running e 18Birdies — aplicativo usado por jogadores de Golf — já fizeram uma parceria com a Mojo Vision para o desenvolvimento de ferramentas de treinamento que aproveitam os recursos da nova lente para aprimorar o desempenho de atletas de alto rendimento.
“Não nos referimos à lente como um produto, mas sim como um protótipo em desenvolvimento. Estamos na fase de otimizar, de aprimorar o software e a experiência do usuário. São testes de segurança para entendermos como o sistema funciona tanto para quem enxerga normalmente, quanto para pessoas com baixa visão”, encerra Steve Sinclair.