ANTÓNIO PINTO RIBEIRO

PROGRAMADOR CULTURAL, CURADOR, DOCENTE E INVESTIGADOR

LOCAL: FFLC – Fundação Fernando Leite Couto

DATA: 16 de Novembro

HORA: 16.15 – 17.00

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SOBRE A CONFERÊNCIA

PROGRAMAR DEPOIS DA “REDE” E DOS SEUS EFEITOS
A “rede” trouxe a imaterialidade para o quotidiano mas também para as artes e para o seu sistema. Tornou-se familiar e a sua acessibilidade aparentemente híper-democrática. Todos e qualquer um podem ter acesso ao universo das artes e cada sujeito se pode configurar como autor-distribuidor e espectador (embora o mais comum possa ser consumidor).

As exposições virtuais sucedem-se e os produtores musicais saem dos seus quartos de qualquer periferia para a realização de grandes concertos. Contudo nada disto é simples e comporta novos problemas e limitações que refreiam a inicial euforia das artes para todos, no que seria uma versão hipertecnológica de Joseph Beuys e da sua proclamação de “cada ser , um ser artista”.

Das muitas variáveis limitativas podem desde já enunciar-se: os limites de muitos artistas ao manuseamento da tecnologia virtual, bem como dos receptores. O interesse menor do mercado das artes a esta produção imaterial,o custo elevado desta tecnologia, a falta de treino nos mecanismos de recepção estéticos, a exclusão dos receptores que não dominem a linguagem dominante do exercício destas criações, etc.

Estas são a par das virtualidades da “rede” alguns dos limites que serão abordados a partir de casoa de estudo.

SOBRE O ORADOR

Formação académica em Filosofia, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais É Professor-conferencista convidado de várias universidades internacionais. A par da sua actividade de investigador e de professor tem tido uma prática de programação artística e de curadoria.Foi o Director Artístico da Culturgest desde a sua fundação em 1992 até 2004. Foi consultor da Fundação Gulbenkian (2003-2015) para a qual concebeu e dirigiu vários programas, o último dos quais foi o Programa Gulbenkian de Cultura Contemporânea Próximo Futuro (2009-2015). Foi curador convidado do MAR (Museu de Arte do Rio) 2013-14.

 

 

Da sua obra publicada destaca-se: A Dança da Idade do Cinema (1991), Dança Temporariamente Contemporânea (1994), Por exemplo a cadeira – ensaio sobre as artes do corpo (1997), Corpo a Corpo: sobre as possibilida¬des e os limites da crítica (1997), Ser feliz é imoral? Ensaios sobre cultura, cidades e distribuição (2000), Melancolia (romance, 2003), Abrigos: condi¬ções das cidades e energia da cultura (2007) ,À Procura da Escala (2009), É Março e é Natal em Ouagadougou (2010, Questões Permanentes (2011), Miscelânea (2015). Actualmente e a convite da CML é o Coordenador-geral de “Passado e Presente, Lisboa capital ibero-americana de cultura 2017”.

PATROCINADORES

O Maputo Fast Forward é uma iniciativa da
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