``Memórias de uma Língua de Cão``: instalação imersiva de Marilú Mapengo Námoda no MFF 2019
Incluída no programa do MFF 2019, a exposição “Memórias de uma Língua de Cão” de Marilú Mapengo Námoda, com curadoria de Élia Gemuce, , vai ter lugar no Centro Cultural Brasil Moçambique com inauguração marcada para 11 de Outubro.
Na introdução à exposição, Marilú Mapengo Námoda escreve:
“Memórias de uma Língua de Cão” é uma instalação imersiva que surge a partir das
minhas memórias de infância. Memórias que marcam a relação que estabeleço com a
minha língua materna – O Chwabo. Um passado-presente de aprendizados proibidos,
interrompidos e que permanecem fragmentados. Memórias que servem para nos
lembrar das concepções civilizatórias racistas que foram criadas e impostas sobre nós
e que inconscientemente reproduzimos, todos os dias. O elemento central desta
proposta artistíca é um alfabeto re-criado com base em referências visuais e de
significado do sistema ancestral de escrita simbólica Bantu. A instalação pretende
questionar identidades étnicas na pós-colonialidade e construir um espaço utópico
(pastopias) de resignificação deste legado histórico como uma experiência de cura
para traumas identitários intergeracionais. O que significa ser um povo Bantu hoje?”
A edição do MFF 2019 vai decorrer de 10 de Outubro a 10 de Novembro.