Marrocos restaura biblioteca mais antiga do mundo
Cinco anos depois, a biblioteca al-Qarawiyyin vai abrir finalmente ao público (e não apenas aos estudiosos que, no passado, eram os únicos autorizados a utilizar as suas instalações). Mas o trabalho de Aziza Chaouni não se limitou ao restauro do edifício (um trabalho longo e minucioso que permitiu também descobrir recantos desconhecidos que tinham sido obstruídos com a passagem dos séculos).
“Queriamos manter a essência do projecto original mas, simultaneamente, adaptá-lo ao mundo do século XXI” – sublinha Aziza Chaouni . Assim, as instalações albergam agora um moderno laboratório para tratamento, preservação e digitalização do espólio existente e o objectivo é, a prazo, disponibilizar toda essa informação online.
No entanto, aquilo que mais entusiasma Aziza Chaouni é o facto da biblioteca ter sido finalmente “devolvida” à cidade e o seu usufruto estar agora aberto a toda a população: “É talvez aquilo de que mais me orgulho – refere Aziza Chaouni – preservar o património não é mumificá-lo, é dar-lhe vida”.
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