É um dos empreendimentos mais ambiciosos jamais realizados e, pelo que o filme-anúncio, que começou a circular na passada semana pela internet evidencia, parece uma aposta ganha.

A pintora Dorota Kobiela e o realizador Hugh Welchman, ambos apaixonados pela obra de Vicent Van Gogh, tiveram a ideia de fazer um filme que pussesse em cena a vida do pintor. A ideia nada teria de original se não fosse pelo facto de terem decidido usar, como base da construção visual da película, o trabalho de 125 pintores que aderiram à ideia e, pegando nas pinturas do próprio Van Gogh, as transformaram em sequências animadas.

 

 

A produção do filme, intitulado “Loving Vincent”, demorou sete anos, pois a base de cada sequência começou por ser pintada à mão. De acordo com os autores do projecto, este é o primeiro filme de longa metragem a usar esta abordagem.

Segundo a revista “Hollywood Reporter”, que assistiu à sua apresentação no festival de Annecy (França), o filme é uma espécie de “thriller” no qual se procura desvendar as possíveis razões para a misteriosa morte do pintor em 1890.

Sem ser conclusivo (a versão de que Van Gogh terá cometido suicidio é ainda objecto de controvérsia), o filme explora sobretudo a complexidade do personagem através da revisitação de algumas das suas obras mais icónicas.

A estreia de “Loving Vincent” está prevista para o próximo dia 22 de Setembro.