Kwamena Hazel quer pôr drones ao serviço do desenvolvimento económico do Gana
Hoje, a Aeroshutter tem clientes em sectores tão diversos como a agricultura, a mineração, a construção civil, o imobiliário ou o entretenimento. Segundo, Kwamena Hazel, os próximos segmentos de mercado onde a empresa antecipa um potencial de crescimento interessante será nos sectores da Energia e dos Seguros.
Uma das mais recentes iniciativas de Kwamena Hazel, a abertura da Aero Ads, uma empresa que tem como objectivo usar drones em campanhas publicitárias, é também uma das que mais entusiasma o empreendedor ganês pois a Aero Ads é o projecto que mais se aproxima do modo como Kwamena Hazel vê aquilo que entende ser, numa perspectiva mais genérica, a vocação central da Aeroshutter: a de uma “agência criativa” assente na tecnologia dos drones.
Embora reconheça a existência de dificuldades no desenvolvimento do negócio, sobretudo por que os drones que utiliza têm de ser importados dos Estados Unidos, Kwamena Hazel não tem dúvidas que esta tecnologia poderá vir a ter um impacto significativo no desenvolvimento económico do Gana e de África. Tão significativo, possivelmente, como foi o dos telemóveis.
É um facto que a introdução de drones em África tem conhecido um surto assinalável nos últimos tempos. Basta pensar no que aconteceu, recentemente, no Ruanda (e que noticiámos aqui), país onde será possivelmente construído, pelo arquitecto Norman Foster o primeiro droneport do mundo. Ou ainda na escala de utilização que os drones já têm, por exemplo, na África do Sul (para efeitos de vigilância da caça furtiva de espécies ameaçadas). Mas em muitos países existe ainda uma legislação muito restritiva no que toca ao uso do espaço aéreo (como no Quénia) pelo que só uma revisão desta legislação permitirá fazer crescer significativamente este mercado.