Henri Vergon analisa o mercado de arte contemporânea de África e o contexto global no MFF 2017
A arte contemporânea de África tem estado no centro das atenções mundiais nos últimos anos. Novas feiras de arte, como a 1:54 (Londres e Nova Iorque) e a AKAA (Paris), são hoje eventos emblemáticos desse novo interesse e atenção. Mesmo no continente africano, a abertura de um espaço como o Zeitz Museum of Contemporary Art Africa (Cidade do Cabo, África do Sul) parece indicar uma mudança de paradigma no que diz respeito aos modelos anteriormente instituídos. Nesta apresentação Henri Vergon irá procurar reflectir sobre a situação actual do mercado de arte contemporânea de África e as perspectivas e desafios que se lhe colocam no contexto de um mercado cada vez mas globalizado.
Lawrence Lemaoana (um dos artistas representados pela Afronova)
Desde a sua abertura, a Afronova – fundada por Henri Vergon e Emile Demon – tem realizado numerosas exposições de artistas de todo o continente africano, do Oceano Índico e do Caribe. Através das suas exposições, lançamentos de livros e leituras, desfiles de moda, projecções, encontros e residências artísticas, a galeria permaneceu fiel ao seu objectivo de ser uma plataforma polifónica para as expressões contemporâneas africanas.
De acordo com Henri Vergon, “a Afronova olha para África como uma tapeçaria politica, económica, espiritual e eticamente heterogénea e explora o que nos conecta, o que cimenta os fragmentos, o que promove a mestiçagem. Sem pretender realizar uma pesquisa abrangente, a Afronova desenha pacientemente uma imagem multi-facetada e, a cada exposição, abre uma nova janela com um desejo implacável de consolidar um sistema de valor original, independente da validação do Ocidente”.
A intervenção de Henri Vergon terá lugar no dia 16 de Novembro às 14h30 na Fundação Fernando Leite Couto