Giselle Beiguelman. professora na Faculdade de Arquitectura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, tem-se notabilizado, desde a década de 90, tanto pela sua reflexão teórica como pela sua actividade artistica e de curadoria no domínio da cultura digital (quer no Brasil e América Latina como na Europa e nos EUA).
Com extensa obra publicada (Link-se, O Livro Depois do Livro, Nomadismos Tecnológicos, Memória da amnésia: políticas do esquecimento, etc.), a reflexão de Giselle Beiguelman tem-se distinguido pela sua invulgar capacidade de pensar o “digital” nas suas múltiplas vertentes (políticas, estéticas, arquitectónicas, etc.).
Em “Sorria, você está sendo escaneado”, publicado na revista ZUM, Giselle Beiguelman reflecte sobre o momento presente no qual, por causa do COVID-19, se assiste à proliferação de novas tecnologias de controle.
Tomando como referência a obra do filósofo francês Paul Virilio, Giselle Beiguelman, considera que nos “revólveres travestidos de termômetros e nas câmeras que recolhem a assinatura espectral dos nossos corpos, está contido (…) muito mais que a leitura da temperatura”
Tal como Virilio, o primeiro a reflectir sobre as implicações políticas das tecnologias de “automação da percepção e de industrialização da visão”, Beiguelman deixa neste texto um alerta sobre o futuro pós-pandemia.
O texto integral de Giselle Beiguelman pode ser lido aqui.
(Foto de topo da página: Calar (2011) instalação video de Gisela Mota e Leandro Lima)