A televisão por cabo não irá desaparecer (para já, pelo menos) mas o modelo em que tem vindo a operar terá certamente de mudar, de forma radical, se quiser manter-se competitiva face à rápida evolução do ecossistema mediático.

De acordo com Jeff Desjardins, da “Visual Capitalist”, se a televisão por cabo não quiser ter o mesmo destino da rádio ou dos jornais – que representam, hoje em dia, apenas nichos de mercado – terá de saber responder ao desafio lançado pelas novas plataformas de streaming como a Netflix.

Não apenas as novas gerações estão a migrar em massa para estas plataformas como o retorno da publicidade digital é agora superior ao obtido na televisão.

Apenas há seis atrás,  os millenials entre os 18-24 anos consumiam uma média de 25 horas de televisão por semana. Hoje, esse número baixou para apenas 14 horas por semana.

A questão que agora se coloca com especial acuidade é que para a chamada Geração Z (os nascidos posteriormente a 2000), que cresceu já com iPhones e tablets, a televisão por cabo é uma “relíquia” do passado e não faz parte dos seus hábitos de consumo. Em inquéritos já efectuados verifica-se, por exemplo, que a Geração Z gasta, em média, 2 a 4 horas por dia no You Tube e apenas 1 hora a ver televisão.

Embora este estudo se refira, em exclusivo, à situação nos EUA, ele vem confirmar outros, mais abrangentes, e que indiciam uma tendência global semelhante.

Para uma leitura mais detalhada do trabalho da “Visual Capitalist” veja o gráfico abaixo.