Estreado no início deste ano no Festival Internacional de Cinema de Roterdão (Holanda), o filme “Ar Condicionado”, produzido pelo colectivo angolano Geração 80 e realizado por Fradique, tem vindo a merecer amplo reconhecimento da critica internacional.
Segundo a produtora, o filme “nasceu da “urgência de contar histórias angolanas, reafirmando o compromisso da GERAÇÃO 80 com o cinema independente de autor e relembrando que o cinema em Angola está vivo”.
A narrativa do filme toma como ponto de partida o momento em que “os ares condicionados começam misteriosamente a cair dos apartamentos na cidade de Luanda e Matacedo e Zezinha, um guarda e uma empregada doméstica, tem a missão de recuperar o aparelho do chefe. Essa missão leva-os à loja de materiais eléctricos de Kota Mino, que está a montar em segredo uma complexa máquina de recuperar memórias”.
De acordo com o realizador, foi feito “para que não esqueçamos que uma cidade é feita de pessoas, de memórias e não de arranha céus de espelhos, vazios, que importamos de telenovelas ou filmes americanos. Este filme é dos prédios e todos “os transparentes” que aí trabalham e constroem as suas vidas todos os dias. Matacedo é um segurança de um prédio que se torna um reflexo do nosso estado de inércia e ao mesmo tempo de esperanças nas distopias verticais em que vivemos”.
Pode ler um dossier completo sobre o filme aqui.