Conferências / Exposições / Festa e networking / Rodas de saberes / Performances / Bazaar

‼️‼️ATENÇÃO ‼️‼️

Diante das crescentes tensões políticas e sociais, somos obrigados a encerrar esta edição do Festival, mas com a convicção inabalável de que a arte, o diálogo e a cultura são forças democráticas fundamentais.

O Maputo Fast Forward Festival manifesta sua solidariedade com todo o povo de Moçambique, em defesa do direito à paz, à democracia, à liberdade de expressão e à segurança. Sempre vimos o nosso festival como um farol de resiliência criativa, um espaço onde vozes plurais se reúnem para imaginar o futuro e traçar caminhos para sociedades justas e inclusivas.

À nossa comunidade, a todos os oradores, artistas, colaboradores, parceiros, voluntários e entusiastas que se juntaram a nós nesta jornada, e, claro, aos nossos patrocinadores e parceiros que tornaram esta edição possível, a nossa mais profunda gratidão.

Com mais de 50 oradores e artistas de 20 países.

7 exposições, uma conferência internacional com 5 painéis temáticos, 2 espectáculos/performances, 13 Rodas de saberes e um bazaar de inicativas inovadoras.
Todos estes eventos são gratuitos
Numa localização única no centro da cidade: em 3 andares da JFS Corporate Tower e parking gratuito dentro da torre.

PROGRAMA

CONFERÊNCIAS / HÌBRIDAS

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Colocando, Maputo-Moçambique-África nas discussões globais contemporâneas, esta conferência surge como um espaço para sonhar, reimaginar e propor outras formas de relação com o Planeta e entre todos os que o co-habitam, em resposta às múltiplas crises planetárias que marcam a actual Era do Antropoceno. Apesar da nossa curta presença na Terra, o impacto que já deixamos é profundo e com marcas devastadoras, que nos colocam diante da necessidade de conceber outras formas de ser e estar para co-criar futuros ecologicamente saudáveis e socialmente e economicamente justos.

A conferência é guiada por dois princípios importantes:
O primeiro é a necessidade urgente de reaprendermos a escutar — escutar o planeta, escutarmo-nos uns aos outros, aos nossos próprios corpos e ao nosso passado, para construir futuros alternativos ao modo civilizatório dominante, que tem se mostrado destrutivo e gerador de profundas desigualdades.. O segundo princípio, é o de interconexão ou hiperligação, usando como analogia o conceito digital de hyperlink, que permite que textos, imagens e outras informações estejam interligadas, formando uma rede de conexões, para reflectir a interconexão profunda entre humanos, não-humanos e o planeta, e as diferentes dimensões da vida, destacando os impactos das nossas acções colectivas.

Teremos cinco conversas, ou painéis, com vozes de diversas disciplinas e áreas de actuação, desde artistas, activistas, ecólogos, cientistas políticos, entre outras vozes, de diferentes cantos: Moçambique, África de Sul, Eswatini, Camarões, Sudão do Sull, Costa do Marfim, Espanha/Portugal, Holanda/México e Brasil. Os painéis temáticos irão trazer de forma transversal perspectivas decoloniais, pan-Africanas e feministas, buscando reflectir em torno das seguintes grandes interrogações:

Como podemos, no auge do nosso antropocentrismo e colapso ecológico, parar e escutar o que a Terra quer nos dizer? Como podemos, num espaço de profunda polarização social e política, crise democrática e conflitos devastadores, ouvir uns aos outros? Como podemos escutar nossos próprios corpos, muitas vezes exaustos, ou colados às telas em meio à hiperdigitalização e à persistente desigualdade? E se o “futuro é ancestral”, como podemos ouvir o que nossas Histórias e Ancestralidades têm para nos ensinar?

Esta conferência é um convite para romper com a surdez arrogante do absolutismo do Antropoceno. É um convite para escutar profundamente nossos corpos interconectados: Corpo-Planeta, Corpo-Social, Corpo-Humano e Corpo-Tempo… Escutar como ponto de partida para redescobrir, abrir e impulsionar caminhos, práticas e propostas para os nossos futuros colectivos, reconhecendo e nutrindo nossa interdependência, e a transição de uma lógica de consumismo, dominação, degradação e ultra-exploração da Terra e violação de corpos tornados descartáveis, para lógicas regenerativas e curativas que reafirmam a coexistência e a pluralidade da Vida, onde a vida em todas as suas formas seja respeitada e valorizada.

Panel 0: “Como escutar o Planeta?” Propostas para o Pós-Antropoceno

Sexta 18.10 / 16h – 18h – JFS Corporate Tower

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“A escuta tem a ver com a passagem do modo de consumir, de dispor da Terra e dos mundos, para o tornar-se ou estar à disposição da Terra e dos seus mundos. É uma passagem daquele que possui a Terra, para aquele que se lembra do seu corpo como Terra, daquele que consome o outro para aquele que hospeda o outro para nos tornarmos nós próprios, daquele que pensa apenas o seu presente como real para aquele que se lembra do nós ancestral ”. Rolando Vazquez, Vistas da Modernidade: A aesthesis decolonial e o fim do contemporâneo,2021.

“O conceito de cidadania planetária tem a ver com a consciência, cada vez mais necessária de que, assim como nós, este planeta, como organismo vivo, tem uma história. Nossa história faz parte dele. Não estamos no mundo; viemos do mundo. A Terra somos nós e tudo o que nela vive em harmonia dinâmica, compartilhando o mesmo espaço e o mesmo destino.” – Instituto Paulo Freire

{ORADORES}

{Moderadora}

Panel 1: CORPO-PLANETA: Do Extrativismo à Regeneração

‼️‼️ ATENÇÃO ‼️‼️

ALTERAÇÃO DO PROGRAMA:

Domingo 20.10 / 16h – 18h00 – JFS Corporate Tower

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“Separámo-nos do corpo da Terra. Divorciámo-nos dela, acreditando que podíamos viver por nossa conta. Com uma condição: extrair, dominar e explorar tudo o que vem de Gaia. Nós nos divorciamos desse organismo que nos abriga, mas estamos usurpando-o o tempo todo.” Krenak, Ailton. Ideias para Adiar o Fim do Mundo. 2019.

O modelo antropocêntrico e eurocêntrico de sociedade que domina a nossa era tem permitido uma relação de consumo e depredação extrativista da Terra, gerando feridas no corpo Planeta que habitamos, que se manifestam na degradação e perda da biodiversidade, nas mudanças climáticas e nos desastres naturais cada vez mais frequentes e intensos, levando todos os seres vivos, inclusive a humanidade a um colapso ecológico. Transformámos o planeta num espaço cada vez mais inóspito à vida de outras espécies e seres vivos, ao mesmo tempo que tornamos claro o facto que parecemos esquecer: que somos, enquanto humanidade, seres interdependentes. Ao mesmo tempo, o empobrecimento da nossa biodiversidade está intimamente ligado ao empobrecimento da diversidade cultural e epistémica.

Este painel propõe uma reflexão sobre os mecanismos históricos que  levaram-nos ae a desligar-nos da Terra, resultando na multiplicidade de desafios planetários que enfrentamos, com reflexões sobre o extractivismo desenfreado e o seu impacto no ecossistema, e a ligação com as desigualdades sociais e económicas.  Este paonel pretende desvendar possibilidades de caminhos político-económicos e artísticos que possam alimentar formas regenerativas e curativas de relacionamento com a Terra.  Serão explorados conceitos como alternativas ao desenvolvimento,  economias regenerativas, as energias alternativas, a bioarquitectura, as artes e o design ecocêntricos. Além disso, o papel da tecnologia, da inteligência artificial e a importância de outros sistemas de conhecimento/epistemologias, bem como as perspectivas dos movimentos activistas para a justiça ecológica, serão também elementos desta conversa interdisciplinar.

{ORADORES}

{Moderadora}

Panel 2: CORPO-SOCIAL: Democracias em Reinvenção

Terça 22.10 / 16h – 18h00 – JFS Corporate Tower

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“A própria democracia terá de ser reinventada na era das crises à escala planetária.” “Precisamos de uma nova geração de direitos que não dependam do Estado-nação.” Achille Mbembe, Noema Magazine,2022.

Nos últimos anos, temos assistido a um aumento significativo dos conflitos armados, genocídios e violência extremista à escala global, ao mesmo tempo que observamos uma intensificação da polarização política e uma profunda crise da democracia, alimentada na era digital por bots de ódio nas redes sociais, reforçando a perspetiva antagónica do “Nós” contra os “Outros”, que assume contornos raciais e de género. A morte é mais prevalente para determinados grupos, evidenciando a necropolítica e as desigualdades estruturais de poder que moldam a configuração dos conflitos actuais. Ao mesmo tempo, devido à proliferação das guerras e à intensificação das alterações climáticas, assiste-se a deslocações massivas e a migrações forçadas, colocando a “crise dos refugiados” como uma das principais questões do nosso tempo, levantando questões sobre identidades, pertença e fronteiras.

Este painel examina criticamente a democracia e os caminhos para a paz no contexto dos conflitos globais, da indústria da violência, da dinâmica da migração e dos debates sobre identidade, pertença e fronteiras. Estas questões prementes exigem uma profunda reconsideração dos actuais sistemas democráticos, tanto a nível global como, em particular, em África. O debate explora formas alternativas de democracia, tais como a democracia substantiva e viva, como respostas a uma multiplicidade de desafios planetários que contestam os quadros políticos dominantes.

{ORADORES}

{Moderadora}

Panel 3: CORPO-HUMANO: Ser na era digital

Quarta 23.10 / 16h – 18h00 – JFS Corporate Tower

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Na era do Antropoceno, a desconexão com a Terra também parece reflectir-se na desconexão com os nossos próprios corpos, e entre nós. Ao mesmo tempo que o neoliberalismo digital transforma nossos corpos em dados para consumo e demanda cada vez mais da nossa atenção para as telas, as relações humanas são drasticamente transformadas pela “hiper-realidade” digital.  Simultaneamente a precariedade no trabalho alimenta uma sociedade de corpos exaustos e privados de tempo, fragilizando a qualidade das relações humanas. Neste painel, são exploradas diferentes práticas de reconexão com os nossos corpos, e a interseção entre saúde, práticas de cura e cuidado, arte, tecnologia e mídia na construção da relação com nossos corpos e as interações humanas, cada vez mais dominadas pela tecnologia digital.

{ORADORES}

{Moderadora}

Panel 4: CORPO-TEMPO: Memórias e Sonhos

‼️‼️ ATENÇÃO ‼️‼️

ALTERAÇÃO DO PROGRAMA:

Quarta 23.10/ 13h30 – 15h30 – JFS Corporate Tower

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 A imaginação, a arte, a ficção especulativa e a produção cultural são ferramentas essenciais para imaginar futuros alternativos e costurar identidades e sonhos-colectivos. Partindo de um entendimento do tempo como circular, onde passado, presente e futuro se retroalimentam e dialogam, este painel pretende ser um espaço para reaprender as nossas Histórias-Memórias e Ancestralidades, como pontes para vislumbrar propostas para o pós-Antropoceno.

A imaginação, a arte, a ficção especulativa e a produção cultural são ferramentas essenciais para imaginar futuros alternativos e tecer identidades e sonhos colectivos. Fundamentado num entendimento do tempo como circular, onde passado, presente e futuro se alimentam mutuamente e dialogam, este painel pretende servir de espaço para reaprendermos as nossas Histórias, Memórias e Ancestralidades plurais, como pontes para a atravessar para uma era pós-Antropoceno.

{ORADORES}

{Moderador}

Rodas de saberes

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As “Rodas de saberes” são espaços concebidos para um envolvimento e uma reflexão mais profundos sobre os temas do festival, oferecendo um formato mais dinâmico, horizontal e interativo.

Conduzidas por um facilitador, ou por um grupo de pessoas que trazem conhecimentos, práticas ou estudos de caso, estes círculos incentivam o diálogo fluido e a troca mútua entre os participantes.

Podem também envolver actividades e materiais de apoio, em sessões que podem durar até duas horas. Estas rodas de saberes pretendem também estabelecer uma hiperligação entre pessoas ou iniciativas que partilhem interesses, causas e objectivos semelhantes.

{ SESSÃO_ 001 // Aesthesis Decolonial e a luta pela alegria de viver}

Sábado 19.10 /11h-13h – JFS Corporate Tower – 7° andar

Esta sessão será dedicada à aesthesis decolonial. Veremos como a emergência do mundo moderno/colonial, com o seu consumo generalizado da vida dos outros e da vida da Terra, gerou um sistema de conhecimento e de estética que é cúmplice da sua violência. Aqui, a estética não se limita à sua definição nas artes, mas refere-se à forma como a nossa experiência do mundo é regulada através dos nossos sentidos. Aponta para a forma como a ordem dominante se incorpora ao mesmo tempo que é incorporada nos nossos próprios corpos. Com que língua estamos a falar? Com que olhos estamos a ver? De quem são os sonhos que estamos a sonhar? A estética decolonial procura uma desvinculação da estética moderna. Denuncia a perversidade de como, através do governo do nosso sentido, a estética moderna/colonial nos leva a desfrutar do consumo da vida. A desvinculação significa a superação da estética moderna em direção à estética relacional, em direção a outras formas de estar com a Terra e com os outros, em direção à recuperação da alegria de viver.

{ SESSÃO_ 002 // Imaginários imersivos}

Sábado 19.10 /16h30-18h30 – JFS Corporate Tower – 7° andar

Como parte do festival, um dia de inovação, intitulado ‘Novas Narrativas’, irá explorar a narração de histórias através de novos media e XR. Permitirá que o público e a comunidade digital de Maputo participem em experiências com instalações e exposições XR, masterclass, jogos e outros novos meios de comunicação para se envolverem com o público de uma forma interactiva e participativa. Este painel irá explorar e contextualizar a forma como as tecnologias imersivas em África e no mundo abrem um novo mundo de transmissão e narração de histórias.

{ SESSÃO_ 003 // Ecofeminismos}

‼️‼️ ATENÇÃO ‼️‼️

ALTERAÇÃO DO PROGRAMA:

Domingo 20.10 /09h-11h – JFS Corporate Tower – 7° andar

O pensamento modernista enfatiza a separação e o individualismo – separação do corpo, da emoção, da sabedoria, da criatividade, das habilidades comunitárias, de um mundo vivo e da compreensão complexa do lugar. É antropocêntrico, onde outras formas de vida estão à disposição dos humanos. Uma nova narrativa do universo está emergindo, questionando essas crenças fundamentais. Feministas, assim como comunidades indígenas, têm falado sobre a importância da relacionalidade e do parentesco. E cada vez mais, a Terra está a responder-nos.

Neste círculo de aprendizagem, exploraremos a natureza interconectada das relações dentro das comunidades, dos sistemas naturais e da ética entre tempo e espaço, elementos centrais para compreender o ecofeminismo.

WoMin é uma aliança ecofeminista pan-africana que trabalha com organizações de mulheres, camponesas e comunidades afectadas por desenvolvimentos extractivos, apoiando a construção de movimentos e a solidariedade das mulheres.

{ SESSÃO_ 004 // Reciclagens!}

‼️‼️ ATENÇÃO ‼️‼️

ALTERAÇÃO DO PROGRAMA:

Domingo 20.10 /11h30-13h30 – JFS Corporate Tower – 7° andar

Reciclagens é um debate sobre como lidar com o resultado do nosso consumo – o que uns chamam lixo e outros matéria prima. Vamos discutir diferentes estratégias como recycling, upcycling, e downcycling, para inspirar a criação de projectos e negócios dos participantes.

{ SESSÃO_ 005 // Inovação para projectos socio-ambientais }

‼️‼️ ATENÇÃO ‼️‼️

🚫 Sessão cancelada 🚫

Neste Círculo de Aprendizagem, partilho como o meu crescimento como mulher caminhou lado a lado com o desenvolvimento da Fundação Khanimambo ao longo de 20 anos. Desde os nossos humildes começos até à transformação atual nos âmbitos social, cultural, ambiental e económico, Khanimambo mostra que o empreendedorismo social e ambiental, unindo educação, permacultura e ecoturismo, pode ser uma via poderosa para o sucesso pessoal e coletivo. Não precisamos de fama ou poder para alcançar a realização; o verdadeiro sucesso está em cuidar do planeta e das pessoas. Vamos explorar em detalhe o que fazemos e como chegámos até aqui. Junte-se a nós para se inspirar e descobrir como podemos mudar o mundo juntos.

{ SESSÃO_ 006 // Democracia substantiva}

Terça 22.10 /10h-12h – JFS Corporate Tower – 7° andar

África entrou num novo ciclo histórico. Hoje, o desejo de democracia encarna-se de novo numa variedade de práticas, em muitos territórios e terceiros lugares, e em várias experiências locais. É preciso mapeá-las, desenhá-las, apoiá-las e, se necessário, modelá-las. Isto não pode ser feito sem uma mudança de grelhas analíticas, uma descolonização geral e um rearmamento de conceitos e categorias, uma vontade de recorrer a conhecimentos endógenos e tradições intelectuais, e um compromisso com uma nova forma de pensar.

{ SESSÃO_ 007 // Missing Bodies / Corpos ausentes, vídeo performance }

Quarta 23.10 /11h-13h – JFS Corporate Tower – 7° andar

Como é que um corpo mutilado continua a ser um corpo? Sim, falta-lhe uma parte, mas o corpo continua a ser um corpo. Até onde é que um corpo continua a ser um corpo? Enquanto respirar, o corpo continua a ser um corpo. Continua a ser um corpo social? Nem por isso. O olhar do outro diz silenciosamente “está incompleto. Missing Bodies é uma colaboração com 6 participantes amputados vítimas de minas antipessoal e consistiu na criação de vários vídeos performances.

Participantes : Helena Tevete, Celeste Munguambe, Henriques Duarte, Constantino Ernesto, Antônia Viajem and Costa Antonio.

Produção: Perceuse Productions Scènes.

Parceiros: CC Connecting Cultures, ADEMO, Donakati, Ampola Audiovisual.

Com o apoio de:  Swiss Arts Council Pro Helvetia

E agradecimento à Marcela Tommasi

{ SESSÃO_ 008 // Sob Escuta: histórias de crate digging }

Quarta 23.10 /18h30-20h – Fundação Fernando Leite Couto

Sessão de escuta & Conversa

Atiyyah Khan (Future Nostalgia) conduzirá uma sessão de audição de uma hora sobre a importância de escavar caixas de música africana, ouvir e descobrir a história através do som. Khalid Shamis (cineasta, editor e DJ) juntar-se-á a nós para uma conversa.

{ SESSÃO_ 009 // Enraizar as relações: Redescobrir o nosso inter-ser}

‼️‼️ ATENÇÃO ‼️‼️

ALTERAÇÃO DO PROGRAMA:

Quarta 23.10 /09h-11h – JFS Corporate Tower – 7° andar

Neste workshop, convidamo-lo a refletir sobre a nossa própria pertença e relações na economia. É um convite para discutir e sentir que estilos de vida e valores se alinham com uma compreensão holística de ser um inter-ser. É um convite para abrir os nossos corações e mentes para uma forma mais conectada de nos relacionarmos. Juntos, exploramos como podemos (re)enraizar relações saudáveis connosco próprios, com a economia e com a ecologia.

A sessão inspira-se em ecologistas profundos como Næss e Rachel Carson, estabelecendo a base para uma conversa sobre uma economia profunda. O formato é largamente inspirado no trabalho de Joana Macy: O Trabalho que Reconecta. A ecologia profunda é melhor descrita através da poesia; por conseguinte, incluiremos elementos poéticos e convidamos os participantes a trazer um poema que considerem adequado.

{ SESSÃO_ 010 // Estruturas ressonantes: montagem, arquivos, som e objectos}

‼️‼️ ATENÇÃO ‼️‼️

ALTERAÇÃO DO PROGRAMA:

Sábado 26.10 /10h-12hJFS Corporate Tower – 7° andar

Como podemos ouvir um edifício e as histórias, vozes e histórias que ele contém? Com que tipo de voz fala e que tipo de espaço acústico pode criar para o público ouvinte de hoje?
Resonant Structures convida os visitantes a explorar a Rádio Moçambique como uma estrutura social, cultural e política significativa no Moçambique colonial e pós-independente. A exposição é desenvolvida em conjunto com a artista Ângela Ferreira, cuja intervenção escultórica destila elementos arquitectónicos do edifício da Rádio Moçambique situado na Rua da Rádio.
Envolvendo-se no conceito de “a voz que permanece”, Estruturas Ressonantes oferece uma audição alargada à Rádio Moçambique, colocando a estação em primeiro plano como um arquivo e um corpo ressonante que guarda legados culturais, políticos e criativos.

{ SESSÃO_ 011 // Medicina Mente-Corpo}

‼️‼️ ATENÇÃO ‼️‼️

🚫 Sessão cancelada 🚫

Da guerra à violência doméstica, das crises de saúde pública às catástrofes climáticas, das doenças crónicas à vulnerabilidade do envelhecimento, do trauma geracional ao racismo sistémico, o trauma é inevitável.Nesta roda de saberes, exploraremos as práticas de Medicina Corpo-Mente (Mind-Body Medicine) como uma ferramenta de cura individual e colectiva e alívio de trauma, em tempos de crescentes desafios emocionais e físicos, exacerbados pelo modelo de vida moderno e pelas crises sociais e ambientais. Através de técnicas como respiração consciente, o genograma, desenho, movimento corporal e meditação, discutiremos como podemos reconectar corpo e mente para promover saúde e bem-estar, não apenas a nível pessoal, mas também nas comunidades.

A Medicina Corpo-Mente tem raízes em várias tradições, incluindo práticas indígenas e terapias ancestrais em África, que historicamente compreenderam a interconexão entre o corpo, o espírito e a comunidade como uma fonte vital de cura. Também exploraremos o impacto que estas práticas podem ter em contextos de trauma coletivo, como os vividos em situações de conflito, migração forçada ou crises humanitárias. Será um momento de diálogo aberto, onde todos são convidados a partilhar saberes, experiências e a co-criar estratégias de bem-estar e cura que ressoem com as realidades locais e globais.

{ SESSÃO_ 012 // Benga, aldeia do futuro, pesquisa MFF}

‼️‼️ ATENÇÃO ‼️‼️

ALTERAÇÃO DO PROGRAMA:

Sábado 26.10 /13h-15h JFS Corporate Tower – 7° andar

Uma roda de conversa, onde vai apresentar-se Moçambique um pais novo, que teve a sua independência a apenas 49 anos atrás, e que desde então vive sobre a pressão geopolítica das culturas globalizantes. Estas culturas “globalizantes” têm cada vez mais se mostrado insustentáveis, sobretudo por causa da crise ecológica dos últimos tempos. Visto que os valores do Ocidente têm cada vez mais se mostrado disfuncionais, tornou-se importante olhar para nós próprios e observar as culturas locais (tradicionais), se não contém nelas soluções que podem ajudar a mitigar a crise global? 

A pressão da globalização pela presença das Multinacionais (de exploração de carvão), remete às aldeias próximas a de forma orgânica, ter que tomar decisões que talvez nós deveríamos ter nos dados tempo de questionar. Quais são os valores locais (tradicionais) que seriam importantes de se manter e quais são aqueles que poderiam ser substituídos pelos valores mais globais. Este contexto paradoxal entre o tradicional e o moderno faz da Aldeia de Benga uma espécie de “aldeia do futuro” onde casas feitas de argila tem energia eléctrica, e os postes de luz, iluminam ruas onde animais (cabritos, bois, burros. etc.) partilham o espaço com pessoas e a música, a dança, o cinema, as artes, o desporto, a religião, movem-se dentro de dinâmicas próprias. Quase todas as tendências globais, têm aqui um sabor local. Este contexto quase surreal poderia ser a fonte criativa (inspiradora) de uma possível solução para uma cidade do futuro. Onde animais, machambas, tecnologia, artes e etc. coabitam em harmonia. Propondo uma solução as crises ecológicas que vivemos hoje.

{ SESSÃO_ 013 // Rewilding Moçambique: A Conservação é a nova fronteira do Desenvolvimento?

‼️‼️ ATENÇÃO ‼️‼️

🚫 Sessão cancelada 🚫

A KAMBAKU é uma plataforma de notícias do mundo natural que tem como objetivo informar, debater e analisar temas relacionados com a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável focado em Moçambique, mas com um olhar abrangente para África, para a Lusofonia e para o Mundo.

Debate e Q&A sobre a importância da conservação de base comunitária e projeção do filme “The Rhino Man” 96mn.

PERFORMANCES

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Sábado 26.10 /19h-20h – JFS Corporate Tower – Rés do chão

Resultado da residência da Academia MFF, New Kids é o segundo grupo a criar um espetáculo. O casting interdisciplinar deste ano reuniu 10 jovens talentosos, 5 artistas e 5 perfis técnicos, que foram orientados por uma equipa de mentores para criar um espetáculo inovador:

Corpo de Corpos

Inspirado pela evolução humana, desde o conceito Antropoceno, um conceito útil para explicar as ameaças ambientais induzidas pela humanidade desde a evolução Industrial até aos nossos tempos, “Corpo de Corpos” inventam outros conceitos pensando em novas evoluções influenciadas pelo rápido desenvolvimento da tecnologia.

A partir desta inspiração, surgem personagens imaginários que desenvolvem uma história e narrativa ficção de dois mundos , mundo de seres humanos e seres híbridos deslocados num tempo futuro e com urgências distintas. Apesar de conflitos de valores, ambos procuram sobrevivência e equilíbrio.

Sábado 26.10 /20h-21h- JFS Corporate Tower – Rés do chão

Incomate River nasce da sinergia nascida entre o May Mbira, Mestre Mbireiro de Moçambique e artista de Live-Looping de voz e instrumentos tradicionais em contexto eletrônico, e Guillermo de Llera Blanes, académico, artista e multi-instrumentalista mais conhecido por ser membro fundador e compositor dos Primitive Reason de Portugal. Aos dois líderes do grupo junta-se o construtor, investigador e tocador de instrumentos tradicionais: o mestre Maneto Tenfula. O projeto levará ao palco música improvisada sobre uma base de gravações de instrumentos tradicionais de Moçambique, tocando instrumentos –  incluindo um instrumento construído por eles mesmos; a MidiMbira -, e misturando a música ao vivo em loopstations e controladores digitais.

EXPOSIÇÕES

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New Narratives

New Narratives  irá explorar a narração de histórias através de novos media e XR. Permitirá que o público e a comunidade digital de Maputo participem em experiências com instalações e exposições XR, masterclass, jogos e outros novos meios de comunicação para se envolverem com o público de uma forma interactiva e participativa.

 
Todas as exposições imersivas abrem às 19h00 de Sábado, 19.10
No 13º andar da JFS Corporate Tower.
Estarão acessíveis toda semana até ao encerramento do festival, dia 26 de outubro.

“Mganga Wa Kitui” investiga a relação intrincada entre feitiçaria e religião africana num contexto contemporâneo. Situada no ambiente vibrante da tribo Akamba, agora uma comunidade metropolitana movimentada, a narrativa explora a colisão entre a modernidade e a magia antiga, conduzindo a uma profunda viagem de auto-descoberta e de renascimento cultural.

Ferenj é um diálogo visual entre a memória, a realidade e o digital, numa paisagem de sonho afrosurreal criada a partir das memórias reconstruídas da realizadora, questionando o significado de casa e de identidade enquanto mestiça etíope-americana que cresceu no meio da dissonância cultural.

O espetador é guiado através de fragmentos do Empress Taytu (o restaurante etíope dos seus pais em Cleveland, OH), para a casa onde cresceu e para as ruas de Adis Abeba, na Etiópia, através de uma conversa especulativa num só sentido entre o narrador e a Empress Taytu – o restaurante personificado como a histórica imperatriz etíope.

A banda sonora é composta por êxitos do Ethio Jazz, bem como por uma gravação original em “krar”. O design de som é composto por sons encontrados, e a paisagem sonora de Adis Abeba interrompe cenas em Cleveland e vice-versa, avançando o conceito de uma casa “pós-espacial” interseccional que atravessa travessias, continentes e consciência.

O arco narrativo desta história é impulsionado pela evolução da compreensão que Robson tem da sua identidade ao longo do tempo. Depois de ser confrontado como “ferenj”, que significa estrangeiro (branco) em amárico, conseguirá Robson encontrar uma forma de vencer a sua síndrome de impostor racial e abraçar ambos os mundos numa só identidade?

Co-realizado com Meghna Singh. Exibido no 78º Festival Internacional de Cinema de Veneza e no Festival de Tribeca 2022.

Container torna visíveis os corpos “invisiblizados” que permitem a nossa sociedade de consumo. Confrontando a escravatura através de um contentor marítimo em constante transformação, o passado torna-se presente, o invisível torna-se visível. Testemunhamos os cacos da sociedade: os fantasmas do passado e os espectros vivos do mundo moderno.

Materializar a pesquisar recriando um ambiente (instalação) que expresse o  carácter, “espírito” de Benga (local de pesquisa), recriando as fachadas que devem estar expostas de maneira a “encenar” o carácter dos espaços de vida entre os edifícios de Benga.

Pesquisador Adamo Murrombe

Objectos do Infinito

Conceito da exposição – Michel Onésio

Esta exposição marca um novo capítulo na minha viagem artística, onde mergulho para além do visual e entro no reino do não convencional e perturbador. O meu  trabalho procura provocar e evocar emoções que desafiam o familiar, oferecendo experiências que perturbam o conforto e convidam à introspeção. Nesta fase, surge a ideia de “infinito” possibilidades infinitas nascidas da entropia da vida, onde as coisas se desmoronam apenas para serem remontadas de formas novas e inesperadas. Através deste processo caótico, as minhas peças ganham forma, passando da desordem para uma visão estruturada.
No centro desta exploração está a minha reinterpretação de pinturas clássicas das eras renascentista e impressionista. Ao desconstruir estas obras históricas, interajo com a sua essência através da abstração, remodelando as suas narrativas e composições para refletir a minha própria abordagem criativa. Esta exposição é um convite à experiência da transformação do familiar em abstrato, onde cada peça fala do potencial infinito da arte e da natureza ilimitada da criação.

Midi Mbira, Guillermo de Llera Blanes

O MidiMbira é um hiper-instrumento que foi desenvolvido pelo músico e académico Guillermo de Llera Blanes em colaboração com o fabricante moçambicano de mbira May Mbira, durante cinco anos de trabalho de campo. A criação deste instrumento híbrido acústico/digital tem como objetivo investigar as capacidades de reprodução inerentes aos instrumentos musicais tradicionais a partir do domínio digital e, a partir daí, criar novas vias de expressão que respeitem as capacidades de reprodução e as identidades tradicionais. Assim, enquanto controlador digital capaz de controlar qualquer dispositivo MIDI e interagir com software de controlo de áudio, vídeo e luz, o MidiMbira faz a ponte entre formas ancestrais e novos futurismos.

Estruturas ressonantes, Bhavisha Panchia, Angêla Ferreira

Estruturas ressonantes: montagem, arquivos, som e objectos.

Como é que podemos ouvir um edifício e as histórias, vozes e histórias que ele contém? Com que tipo de voz fala e que tipo de espaço acústico pode criar para o público ouvinte de hoje? 

Estruturas Ressonantes convida os visitantes a explorar a Rádio Moçambique como uma estrutura social, cultural e política significativa no Moçambique colonial e pós-independente. A exposição é desenvolvida em conjunto com a artista Ângela Ferreira, cuja intervenção escultórica destila elementos arquitectónicos do edifício da Rádio Moçambique localizado na Rua da Rádio. 

Envolvendo-se com o conceito de ‘a voz que permanece’, Estruturas Ressonantes oferece uma escuta alargada da Rádio Moçambique, colocando em primeiro plano a estação como um arquivo e um corpo ressonante que guarda legados culturais, políticos e criativos.

Narrativas de Cura, Karinagana wa karingana

“Narrativas de Cura: Tecendo as Histórias de Cura de Cabo Delgado” é uma exposição interactiva que explora a forma como a arte e o artesanato servem como veículos poderosos de expressão, resiliência e cura comunitária. Apresentando o trabalho de mulheres de oito comunidades distintas envolvidas no projeto Kuinua, esta exposição celebra a rica herança cultural de Cabo Delgado através de uma coleção de tapetes de palha tecida, têxteis e capulanas. A exposição é uma experiência sensorial que envolve os visitantes através da visão, do som, do cheiro e do sabor, ao mesmo tempo que realça a natureza circular e comunitária da cura.

MASTERCLASSES

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Master Class: “Património e XR; realidades do património ” by Walid Kilonzi

Lugares limitados – Registra-se

Sábado 19.10 / 14h-16h

Para além da demonstração de RV, propomos uma masterclass intitulada “Heritage and XR; Heritage Realities”, que irá explorar as nuances da tecnologia XR e o seu papel na redução do excesso de turismo, salvando culturas em erosão e preservando o património. A masterclass irá aprofundar os aspectos conceptuais e técnicos da XR.

Objectivos:

  • Proporcionar uma exploração aprofundada da forma como a XR pode contribuir para a preservação do património.
  • Discutir o potencial da XR na mitigação dos impactos negativos do turismo excessivo.
  • Examinar os aspectos técnicos da criação e implementação de soluções XR para o património cultural.

 

O MFF Bazaar é um espaço de apresentação de propostas concretas, inovadoras e criativas. Os participantes partilham uma vontade comum de repensar a inovação e de quebrar os limites da imaginação em direção a formas de vida mais equilibradas, através do design, da publicação, da reciclagem e de outros meios.

{ Participantes}

Conferências / Exposições / Festa e networking / Rodas de saberes / Performances / Bazaar

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