De acordo com o Digital News Report 2018, publicado no passado dia 15 de Junho, pelo Reuters Institute for the Study of Journalism, depois de anos consecutivos de crescimento contínuo, o consumo de notícias através das redes sociais está em queda em vários mercados.

O estudo, que abrangeu 74 mil pessoas de 37 países distribuídos pelos cinco continentes, mostra que o Facebook é arede social mais afectada pois, apesar da sua utilização continuar a ser elevada, o número de pessoas que o usam para consumir notícias tem vindo a diminuir na maioria dos mercados, especialmente a partir de 2017.

Esta quebra é notória tanto em países desenvolvidos,como os Estados Unidos ou o Reino Unido, como em países em desenvolvimento como o Brasil.

De acordo com o estudo, as razões para este declínio são de vária natureza: desde as mudanças nos algoritmos usados pelo Facebook – que depois dos vários escândalos em que se viu envolvido durante as eleições norte-americanas procurou “privilegiar” o uso da plataforma enquanto meio de comunicação entre amigos e familiares – até à crescente dificuldade dos utilizadores em diferenciarem as notícias verdadeiras das falsas ou os receios de abuso da privacidade dos utilizadores por parte do Facebook, tudo contribuiu para diminuír o consumo de notícias na maior das redes sociais.

No entanto, o estudo mostra também que plataformas como o WhatsApp, Instagram e Snapchat surgem agora como fontes alternativas de notícias, especialmente entre os jovens. No caso do WhatsApp, a utilização desta rede social para consumo de notícias chegou mesmo a triplicar no período em análise.

Outros dados que importa destacar neste estudo: em primeiro lugar, o facto das audiências televisivas estarem em queda num número muito significativo de países, especialmente no que diz respeito aos telejornais nos telejornais; em segundo lugar, o crescente interesse pelos podcasts, cada vez mais populares a nível mundial.

Pode ler o Digital News Report 2018 aqui.