Facebook lança plataforma de Realidade Aumentada para os smartphones
Até há alhum tempo atrás, acreditava-se que seriam os “óculos inteligentes”, do tipo “Google Glass”, o primeiro dispositivo de Realidade Aumentada a chegar ao grande público. Afinal, será a câmara dos smartphones. É o que o Facebook pretende com o lançamento de uma plataforma de Realidade Aumentada que permitirá aos programadores escreverem aplicações de RA para as câmaras móveis.
“Eu achava que os óculos, e depois talvez as lentes de contacto, seriam os primeiros aparelhos de Realidade Aumentada a se popularizarem – disse Mark Zuckerberg na abertura da conferência – mas estamos a uns dez anos de distância de um formato ideal. Paralelamente, vimos versões primitivas de recursos de RA aparecerem em nossos smartphones nos últimos anos”. Embora reconhecendo que os recursos actuais de RA nos smartphones ainda são relativamente primitivos, Mark Zuckerberg entende que isto é só o começo de uma nova etapa e que a câmera do smartphone é o melhor instrumento para alavancar a tecnologia de RA. “Queremos transformar a câmera na primeira plataforma mainstream de Realidade Aumentada”, disse ainda Zuckerberg.
Daí o anúncio feito durante a conferência de que o Facebook irá lançar a Camera Effects Platform, uma plataforma aberta aos programadores para que eles possam começar a desenvolver aplicações de RA. A ideia é a seguinte: em vez de usar um par de óculos que sobrepõe informações digitais no mundo real, tira-se o smartphone do bolso e acede-se a Realidade Aumentada através da câmara.
“O Facebook irá permitir a extensão do mundo físico para o online – afirmou Mark Zuckerberg – a Realidade Aumentada vai ajudar-nos a misturar o digital e o físico em formatos novos, tornando o nosso mundo físico melhor.” Um exemplo que Zuckerberg deu foi a possibilidade de deixar notas “invisíveis” aos amigos, por exemplo “marcando” uma mesa num bar ou escrevendo um post-it virtual no frigorífico. “Vai demorar algum tempo”, reconheceu o CEO, “mas isto será uma tecnologia importante que mudará a forma como usamos os nossos smartphones”.