Exposição ``Quiralidade: A Consciência da Migração e sua Influência na Identidade`` no MFF 2019
A palavra quiralidade deriva da palavra Grega kheir , a qual significa mão. As mãos e os pés humanos são quirais: independemente da sua posição não são nunca sobreponíveis. São formas que, embora possuam uma mesma configuração operam entre si como um espelho, isto é, a sua simetria não é sobreponível. Tal como as nossas mãos, os compostos moleculares evidenciam também o mesmo tipo de propriedade: uma simetria espelhar a qual, no entanto, se sobreposta, se torna assimétrica.
A exposição “Quiralidade” explora a ideia da “identidade pessoal” como uma imagem que espelha o ambiente que nos envolve, tanto no que diz respeito ao ambiente físico como ao digital, procurando demonstrar a dicotomia existente entre as similitudes das nossas aparências e as realidades assimétricas que enformam a nossa singularidade individual.
As seis obras que constituem esta exposição propõem uma abordagem reflexiva, porém crítica, de como os dados e o movimento definem as nossas identidades.
Irreverentes, provocativas e não convencionais, estas obras levam-nos a desafiar os nossos preconceitos sobre os dados e a olhar a humanidade por detrás destas novas tecnologias que registam e acompanham cada movimento nosso.
Os artistas participantes desafiam a inépcia da nossa cultura em capturar esta erosão perceptiva e dão-nos um testemunho de como esta jornada incorpora a diversidade.
Em exibição estarão trabalhos de Maísa Chaves, Lulu Arte Viva, Marcelino Manhula, Ana Mosquera e da Visualist (que também responsável pela curadoria da exposição).
A exposição inaugura a 23 de Outubro na Galeria 16 Neto, em Maputo, pelas 18h.
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