A Etiópia quer ser o maior produtor de energia eólica em África. Em 2015, o governo anunciou o arranque dos trabalhos para a construção do parque eólico de Adama II em Nazret. Este parque – constituído por 102 turbinas capazes de gerarem 153 megawatts – é já, actualmente, o segundo maior do continente africano (o maior situa-se na zona de Tarfaya em Marrocos) e vem ampliar significamente a capacidade instalada no país (o primeiro parque a ter sido construído, em Ashegoda, dispõe apenas de 84 turbinas com uma produção de 120 megawatts).

Entretanto, as autoridades etíopes revelaram a intenção de avançarem na construção de, pelo menos, mais cinco parques eólicos por forma a conseguirem chegar aos 5.200 megawatts dentro dos próximos quatros anos. Com um investimento estimado na casa dos 3 biliões de dólares, o projecto irá ser desenvolvido em parceria com a Danish Energy Agency (DEA), a agência dinamarquesa que tem acompanhado a implementação de algumas das maiores instalações deste tipo no mundo.

 

Parque eólico de Ashegoda na Etiópia

 

Estes projectos fazem parte de um plano mais vasto que tem por objectivo fazer da Etiópia o primeiro produtor deste tipo de energia alternativa em África em 2030. Com apenas 30% da população ligada à rede eléctrica e com um fornecimento de energia sujeito a constantes quebras devido ao carácter obsoleto das infra-estruturas existentes, as “energias limpas” parecem ser o meio mais eficaz de fazer chegar a electricidade às comunidades, gerar emprego e garantir o desenvolvimento da economia.