Cripto-moedas chegam ao mercado da arte: obra digital leiloada via internet atinge cerca de70 milhões de dólares
Uma “colagem digital” do artista Beeple foi vendida nao passado dia 11 de Março em leilão realizado através da internet por 69,4 milhões de dólares, valor recorde para obras não físicas. .
Segundo a leiloeira Christie’s, 22 milhões de pessoas assistiram ao final da licitação, em que participaram compradores de 11 países, culminando na milionária venda de Todos os dias: os primeiros 5.000 dias, uma colagem de fotografias tiradas pelo artista desde maio de 2007 ao longo de 5.000 dias.
O valor arrecadado coloca Beeple – que se define como um “cripto-artista” – como “um dos três mais valiosos artistas vivos”, disse a Christie’s, que não divulgou a identidade do comprador.
Reagindo ao resultado do leilão, Beeple – cujo verdadeiro nome é Mike Winkelmann – celebrou o uso dos NFT, que recorrem à tecnologia Blockchain, para autenticação e de obras de arte.
“Acredito que estamos a testemunhar o início do próximo capítulo da história da arte, a arte digital”, disse o artista.
A recente introdução de tokens não fungíveis (NFT) e da tecnologia de blockchain permite que colecionadores e artistas verifiquem o legítimo proprietário e a autenticidade das obras de arte digitais”, referiu a leioleira.
A pessoa que comprou a obra irá recebê-la, portanto, “diretamente de Beeple”, acompanhada por “um NFT único criptografado com a assinatura imperceptível do artista e identificado exclusivamente no blockchain”.
A comercialização de obras com NFTs tem vindo a disseminar-se rapidamente nos Estados Unidos, onde artistas estão disponibilizar obras autenticadas com estes “tokens”, caso da banda Kings of Leon com o seu mais recente álbum.
Recentemente, uma empresa despecializada na tecnologia Blockchain comprou uma obra do famoso artista britânico Banksy, destruiu-a, e depois colocou à venda uma versão digital com NFT
Para uma análise em torno destes desenvolvientos leia aqui o artigo de João Gabriel Ribeiro na revista Shifter.