Conferência MFF-2022: Activismo em África
Reflectir o exercício e o efeito de activismo em África é o que se propõe o primeiro dia da Conferência MFF, que terá lugar ao final da tarde do dia 25 de Outubro, na Fundação Fernando Leite Couto. Como vai o activismo em África e que transformações o seu exercício tem provocado ao longo do tempo?
Edalina Rodrigues Sanches, de Cabo Verde, investigadora e doutora em Ciência Política, Régio Conrado, de Moçambique, investigador, filósofo e cientista político, formam o painel de debate sobre Activismo em África, sob a moderação de Marta Laranjeira, jornalista brasileira.
Com uma experiência no estudo de fenómenos de exercício de activismo, monitoria da liberdade de expressão, atentos ao quotidiano africano nas várias formas e vertentes os dois oradores vão partilhar suas experiências, parte do seu trabalho de pesquisa e publicação e vão traçar cenários para novas direcções pelo exercício cívico em África.
Ao abordar este tema e num cenário quase pós-pandémico o MFF pretende abrir o caminho para uma reflexão especializada sobre a questão profunda da vida do continente, o exercício das liberdades e contribuição para a participação das pessoas nos processos.
Edalina Sanches, editou a obra “Popular Protest, Political Opportunities, And Change In Africa”, um conjunto de ensaios feitos por 17 especialistas de diferentes áreas, reflectindo o cenário africano dos protestos mais emblemáticos e que contribuíram para a transformação das suas sociedades. Os ensaios incluem dados reveladores sobre a fenomenologia dos protestos, países e os acontecimentos marcantes que serão abordados, igualmente, como um ponto de partida para possíveis caminhos para a mudança.
Régio Conrado, foi co-organizador também de uma colectânea de ensaios intitulada “Aporias do Moçambique pós-colonial: Estado, sociedade e capital” que conta com 14 ensaios e duas entrevistas com várias temáticas incluindo a organização do Estado, democracia e participação, política económica, protecção e desigualdade social e desenvolvimento, política agrária, meios de subsistência, movimentos sociais e meio ambiente.
O mote está lançado para uma reflexão que abrange a todos.