No recente International Journalism Festival, que se realizou de 11 a 15 de Abril em Perugia, na Itália, Chris Roper, um dos activistas da organização “Code for Africa“, fez uma síntese de algumas das iniciativas jornalisticas mais inovadoras que têm ocorrido no continente africano.
Destacou, em particular, o crescente uso de drones, sensores e imagens de satélite no âmbito do trabalho de investigação jornalistica e na própria produção de reportagens. Os países onde se têm verificado iniciativas mais interessantes são a Nigéria, o Quénia e a Tanzania.
A utilização destas tecnologias tem não só permitido permitido chegar a zonas remotas e de dificil acesso como reportar muitos acontecimentos que normalmente não chegariam sequer ao conhecimento público.
O uso de drones, em particular, tem conhecido um crescimento exponencial e já surgiu mesmo uma organização sem fins lucrativos, a “africanDRONE”, que conecta pilotos e utilizadores de drones através do continente africano com o objectivo de partilhar recursos, informação e treino a todos os associados.
Neste momento a “africanDRONE” conta com associados provenientes de 17 países africanos e já começou até a ser bastante solicitada por orgãos de informação internacionais como o jornal brtitânco “The Guardian” ou agência noticiosa Reuters. Esta última realizou, recentemente, um projecto – “Slumscapes” – no qual as imagens sobre Nairobi e Cape Town foram colhidas através da “africanDRONE”.
Para Julien Arenstein, director da “Code for Africa” e que também participou no “International Journalism Festival”, o uso destas tecnologias mostra que elas começam a deixar de ser vistas como meros “gadgets” ou curiosidades e, cada vez mais, como ferramentas úteis – e mesmo essenciais – ao trabalho jornalistico.