China investe em ``florestas verticais``
Tendo como referência o projecto por si desenvolvido em Milão – onde concebeu duas torres residênciais cuja característica principal é a integração da vegetação no próprio corpo do edíficio – Stefano Boeri vai agora replicar esse modelo na região de Nanjing, na China.
As duas torres a ser construídas irão incorporar 1100 árvores (de 23 espécies locais), quase 2500 videiras em cascata e uma grande variedade de arbustos. Estima-se que toda esta vegetação poderá vir a absorver 25 toneladas de dióxido de carbono por ano e contribuir com 60kg de oxigénio por dia para a atmosfera. Para um país, como a China, notoriamente a braços com um grave problema de poluição atmosférica, este projecto pretende também demonstrar a existência de modelos alternativos de edificação urbana.
Uma das torres, com 200 metros de altura (28 andares), irá albergar uma escola superior de arquitectura (focada na problemática da sustentabilidade), um museu e espaços de escritórios. A outra torre deverá vir a ser ocupada por um hotel de uma cadeia internacional e uma zona lúdica e recreativa (lojas, restaurantes, etc.).
O atelier de arquitectura de Stefano Boeri está agora a estudar em conjunto com as autoridades chineses a construção de outras torres do mesmo tipo em Shijiazhuang, Liuzhou, Guizhou, Shanghai e Chongqing. Entretanto, está previsto o lançamento, em Abril próximo, do livro “A Forest City”, no qual Stefano Boeri apresenta, de forma detalhada, a sua visão sobre o futuro da “arquitectura verde” e das “florestas verticais”.