O chileno Alfredo Jaar foi o vencedor da 40ª edição do Prémio Hasselblad. A obra de Jaar destaca-se por explorar complexas questões sócio-políticas, em particular a ética da representação. Segundo Thyago Nogueira, editor da revista brasileira ZUM e presidente do júri nessa edição do prémio, “Jaar fez contribuições significativas para a história da fotografia, abordando as políticas que governam a produção e a circulação de imagens, mostrando-nos as implicações econômicas e sociais incorporadas no acto de ver, bem como as nossas responsabilidades como espectadores de imagens”.
De acordo com a Fundação Hasselblad, ressponsável pelo prémio, “por meio de trabalhos calmos e meditativos, Jaar enfrenta questões de grande magnitude, testemunhando desastres humanitários e atestando o impacto de conflitos militares, corrupção política e desigualdade econômica em todo o mundo. As suas fotografias, filmes, instalações e projectos comunitários perturbam de forma provocativa as percepções comuns da realidade”.
O Prémio Hasselblad já foi dado anteriormente a alguns dos nomes mais importantes da fotografia mundial, como Irving Penn (1985), Susan Meiselas (1994), Robert Frank (1996), William Eggleston (1998), Cindy Sherman (1999), Malick Sidibé (2003), Nan Goldin (2007), Sophie Calle (2010) e Daido Moriyama (2019), entre outros.