Há já quase duas décadas que o camaronês Christian Abégan se tem vindo a dedicar a uma pesquisa apaixonada sobre o património culinário africano. O livro agora publicado pela editora Michel Lafon, com o título “Le patrimoine culinaire africain”, é o resultado dessa investigação.

Para Christian Abégan este trabalho visa contribuir para a preservação desse património e, sobretudo, para a sua valorização. Na sua opinião, a culinária africana ainda é pouco conhecida, a nível internacional, mas tem um enorme potencial. Há que saber, portanto, sem desvirtuá-la, investir criativamente de modo a fazê-la tão apetecível (e acessivel) como outras gastronomias (tal como, por exemplo, a japonesa).

Foi em meados da década de 80 que Christian Abégan decidiu ir estudar para uma das escolas mais famosas de todo o mundo: a Cordon Bleu, em França. Embora a paixão pela culinária fosse antiga –e já tivesse mesmo trabalhado na restauração – foi só depois de ter obtido o diploma na Cordon Bleu que a sua carreira verdadeiramente descolou.

 

 

De regresso ao seu país, abriu o restaurante “L’Abégan”, em Douala, o qual se tornaria rapidamente conhecido pela sua dimensão inovadora. Os ecos desse sucesso chegaram a França e, em 2009, Christian Abégan abre, em Paris, “Le Palanka”. Desde então, o Chef Christian Abégan tem-se desdobrado em múltiplas actividades (consultadorias, ensino, etc.) e é hoje considerado um “embaixador” da gastronomia africano no mundo.

O livro agora publicado condensa os conhecimentos que foi adquirindo ao longo da sua carreira e nele propõe também um conjunto de receitas que podem constituir um ponto de partida para uma viagem aos sabores da culinária africana.