Considerada já como uma “iniciativa revolucionária”, a Bookshop, lançada com grande sucesso no início do ano nos EUA e agora também no Reino Unido pretende ser uma alternativa à Amazon. A Bookshop permite aos leitores comprar livros online e, simultamente, apoiar as livrarias independentes da zona onde vivem.
A Bookshop foi idealizada pelo escritor Andy Hunter que também foi fundador do website “Electric Literature” e co-fundador da plataforma electrónica Literary Hub. As livrarias independentes podem criar a sua própria montra virtual no website da Bookshop e receberem toda a margem de lucro – 30% do preço de capa – de cada venda. Todo o atendimento ao cliente e expedição é feito pela Bookshop e pelos seus distribuidores associados sendo os títulos entregues num período de dois a três dias.
Logo no seu arranque a Bookshop consegiu ter 250 livrarias associadas ao projecto e esse número já ultrapassa, neste momento, as 900 só nos Estados Unidos. “Vendemos cerca de 50 mil dólares em livros em todo o mês de Fevereiro e passámos para 50 mil dólares de vendas por dia em Março, e depois 150 mil dólares por dia em Abril,” disse recentemente Andy Hunter em entrevista concedida durante o lançamento do projecto no Reino Unido. Em Junho, a Bookshop já tinha ultrapassado 1 milhão de dólares em vendas de livros por dia.
O sucesso da Bookshop veio mostrar que é possível ser uma alternativa à Amazon preservando, simultaneamente, as livrarias físicas e apoiando o seu negócio. A Associação Americana de Livrarias (ABA) lançou entretanto uma campanha publicitária contra a Amazon alertando para o perigo acrescido que esta representa para as livrarias independentes neste período de pandemia.
Baptizada “Boxed out” – uma expressão que significa bloquear o seu opositor – a campanha joga com a palavra “box”, que significa caixa, evocando as caixas de cartão nas quais a Amazon entrega os seus produtos. Para a directora-geral da ABA, Allison K. Hill, o poder da plataforma de vendas “online” está a provocar “uma perda de empregos locais, de receitas e do tecido social local”. “Livros escolhidos por pessoas, não por algoritmos” é um dos slogans da