Bienal de Arte Contemporânea de Lagos recusa ideologias afrocentristas
A Bienal pretende posicionar Lagos como o principal centro da arte contemporânea no continente africano. De acordo com Folakunle Oshun, director artístico da Bienal, “queremos que Lagos se transforme num pólo de excelência para a reflexão crítica e o intercâmbio artístico internacional. A cidade deve assumir uma postura mais global em relação à arte e à cultura e não ficar refém de ideologias Afrocentricas. Temos de abraçar a unicidade da experiência humana”.
A primeira edição da Bienal será organizada em torno do tema “Living on the Edge” e pretende provocar os artistas a reflectirem sobre o tema da “crise” e, em particular, do que significa viver “no limites” tanto em termos geográficos como psicológicos.
Para além do próprio Folakunle Oshun, a curadoria será feita por Amira Paree, uma artista egipto-neerlandesa actualmente a viver em Paris, e pela plataforma Perpetuum Mobile dirigida por Ivor Stodolsky e Marita Muukkonen. Paralelamente, ocorrerá uma conferência na Universidade Lagos organizada por Erin Rice, da Freie Universität de Berlim (Alemanha), e Akor Opaluwah, investigador na Nottingham Trent University (Reino Unido).